Eu e Joana.
Eu com jilaba e um grupo feminino em toga.
Evita, Bárbara, e grupo de estudantes inglesas.
Cecília e João.
Sara
Flores silvestres do Castanheiro do Vento
Placa de xisto polida e gravada do Castanheiro do Vento
Ana
Transferência "(...) A PSICANÁLISE INVENTOU DE FACTO UMA NOVA FORMA DE AMOR CHAMADA TRANSFERÊNCIA." JACQUES-ALAIN MILLER (Lacan Dot Com)
quinta-feira, 31 de julho de 2008
quarta-feira, 30 de julho de 2008
Martha Wainwright / I Wish I Were
Source: http://www.youtube.com/watch?v=3C2McYREE6o
Thanks to Susana O. J. for this suggestion !
Comunica a FLUP
Edição Centro de Estudos Teatrais da Universidade do Porto
Teatro do Mundo III
Informamos todos os interessados de que a publicação
já se encontra editada e poderá ser adquirida na Livraria da FLUP ou na Loja da U.P. pelo valor de 10 €.
Tenho o prazer de colaborar neste livro, que resulta de um colóquio interessantíssimo.
Teatro do Mundo III
Informamos todos os interessados de que a publicação
Teatro do Mundo: What's our Life? A play of passion - Lugares do palco, espaços da cidade,
já se encontra editada e poderá ser adquirida na Livraria da FLUP ou na Loja da U.P. pelo valor de 10 €.
Tenho o prazer de colaborar neste livro, que resulta de um colóquio interessantíssimo.
verão
Prosseguem as escavações de Castanheiro do Vento
terça-feira, 29 de julho de 2008
Elis Regina & Tom Jobim- Waters of March - English subtitles
Fonte: http://www.youtube.com/watch?v=g3oNSFQVzNM
Paula Morelenbaum -Demo- Insensatez Canto de Ossanha Tomara
Fonte: http://www.youtube.com/watch?v=_G1Dgc0i3NM
Rufus Wainwright - Somewhere Over The Rainbow (Palladium)
Source: http://www.youtube.com/watch?v=hrnT2VEsuHc&feature=related
Martha Wainwright - Someone to Watch Over Me (Palladium)
Source: http://www.youtube.com/watch?v=_Ezm1ZdAh6U&feature=related
Imagens do lançamento do meu livro CASA DAS MÁQUINAS em Foz Côa
Conférence
Sur
Le Chalcolithique du Sud de la France
par l' archéologue
Laurent Carozza
(CNRS, Montpellier, France)
Auditoire de Freixo de Numão (Vila Nova de Foz Côa) (adega cooperativa)
le 1 Aôut, 21,30 h.
Entrée libre
Appui: GRICES (MCTES) /PESSOA
Organisation: Faculté des Letttres de l' Université de Porto (dans le cadre des fouilles de Castanheiro do Vento 2008)
Le Chalcolithique du Sud de la France
par l' archéologue
Laurent Carozza
(CNRS, Montpellier, France)
Auditoire de Freixo de Numão (Vila Nova de Foz Côa) (adega cooperativa)
le 1 Aôut, 21,30 h.
Entrée libre
Appui: GRICES (MCTES) /PESSOA
Organisation: Faculté des Letttres de l' Université de Porto (dans le cadre des fouilles de Castanheiro do Vento 2008)
segunda-feira, 28 de julho de 2008
Martha Wainwright - Stormy Weather (London Palladium)
Source: http://www.youtube.com/watch?v=LOzZ20q7QC8
the temporality of architectures
when the buildings grow old
and inside them generations and generations of secrets accumulate
when the inner skin cracks
and nights of parallel universes open
sometimes the coupling of the naves is perfect
and harmony may reach its height.
then the flying architect smiles
forseeing the archs's adequacy
there in the space where his pencil
has entered into orbit a long time ago.
_______________
Vítor Oliveira Jorge
Poem (English version) from the book
CASA DAS MÁQUINAS
Porto, Papiro Editora, 2008
______________
Contact of Papiro Publishers:
info@papiroeditora.com
Phone:
+ 351 220 109 120
middle
the heart of summer, its very center, is red.
animated by movement, it flows to the front of time.
it hangs out in the windows quilts of blood.
you are a valley that goes from head to foot.
your central valley is red: it walks, I walk over it.
the summer's heart is a procession.
our bodies go through the middle.
__________________________
Vítor Oliveira Jorge
Translation of a poem from the book
CASA DAS MÁQUINAS
Porto, Papiro editora, 2008
animated by movement, it flows to the front of time.
it hangs out in the windows quilts of blood.
you are a valley that goes from head to foot.
your central valley is red: it walks, I walk over it.
the summer's heart is a procession.
our bodies go through the middle.
__________________________
Vítor Oliveira Jorge
Translation of a poem from the book
CASA DAS MÁQUINAS
Porto, Papiro editora, 2008
variation around an haiku of Ban'ya Natshuishi
that day we let the sheep's lost head
come into the house.
it layed down next to the carpet
and it stayed there, looking at us.
we asked the landscape if it would feel like dancing
around us,
spreading colours and petals and butterflies
around the width of the sheep's skirt.
thus joy has entered the house madly,
and on every step a musician played,
and on every pedestal a young girl danced.
and the sheep's skirt spun round
around the vertical axis
around the strident shouts!
----------------------------
Vítor Oliveira Jorge
translation of a poem from the book
CASA DAS MÁQUINAS
recently launched in Vila Nova de Foz Cõa, Portugal
come into the house.
it layed down next to the carpet
and it stayed there, looking at us.
we asked the landscape if it would feel like dancing
around us,
spreading colours and petals and butterflies
around the width of the sheep's skirt.
thus joy has entered the house madly,
and on every step a musician played,
and on every pedestal a young girl danced.
and the sheep's skirt spun round
around the vertical axis
around the strident shouts!
----------------------------
Vítor Oliveira Jorge
translation of a poem from the book
CASA DAS MÁQUINAS
recently launched in Vila Nova de Foz Cõa, Portugal
sexta-feira, 18 de julho de 2008
quinta-feira, 17 de julho de 2008
quarta-feira, 16 de julho de 2008
Feist on Sesame Street [Official Music Video] [HQ] W/Lyrics
eist's appearance in Sesame Street's 39th season.
Please Subscribe to my channel to keep Awesome Videos like this Coming!
Lyrics:
One, two, three, four
Tell me that you love me more
Sleepless long nights
That is what my youth was for
Old teenage hopes are alive at your door
Left you with nothing but they want some more
Oh, you're changing your heart
Oh, You know who you are
Sweetheart bitterheart now I can't tell you apart
Cosy and cold, put the horse before the cart
Those teenage hopes who have tears in their eyes
Too scared to own up to one little lie
Oh, you're changing your heart
Oh, you know who you are
One, two, three, four, five, six, nine, or ten
Money can't buy you back the love that you had then
One, two, three, four, five, six, nine, or ten
Money can't buy you back the love that you had then
Oh, you're changing your heart
Oh, you know who you are
Oh, you're changing your heart
Oh, you know who you are
Oh, who you are
For the teenage boys
They're breaking your heart
For the teenage boys
They're breaking your heart
Source: http://www.youtube.com/watch?v=kJSEHouoHK0
Sharon Jones & The Dap-Kings "100 Days, 100 Nights"
YouTube presents the world premiere of the music video for "100 Days, 100 Nights" by Sharon Jones and the Dap-Kings, the title song from the album, available in stores offline and online. The video was directed by Adam Elias Buncher using two vintage TV cameras bought on E-Bay for $50 dollars each. Shows how much you can do with just a little soul!
Source: http://www.youtube.com/watch?v=8ouI5KcyHfE
Contacto e-mail
Aqui para Freixo de Numão e até ao dia 1 de Agosto, quem desejar contactar-me por mail é preferível fazê-lo para o seguinte endereço:
vitor.oliveirajorge@gmail.com
Olá
Freixo de Numão hoje à noite, com lua cheia.
Voltei à vida do blogue... porque adquiri uma placa de ligação à net que após muitas peripécias lá está a funcionar.
As escavações do Castanheiro do Vento estão a correr muito bem, com a participação de um colega canadiano (Christopher Watts, da Universidade de Toronto) e seus alunos, e vários estudantes de todo o mundo, incluindo, claro, a Universidade do Porto e o IPT (Tomar).
As escavações têm a participação de vários arqueólogos a preparar (ou não) doutoramento, e são dirigidas por mim, João Muralha, Ana Vale, Gonçalo Velho, Sérgio Gomes, e Bárbara Carvalho.
Apesar de me levantar todos os dias às 7 horas da manhã e andar numa roda viva até à noite (inclusivamente porque temos muitas frentes de trabalho a avançar e os problemas que se põem em campo são difíceis), tentarei vir aqui falar convosco.
No dia 24 às 21,30 horas, no pequeno auditório do Centro Cultural de Foz Côa, é lançado o meu novo livro de poemas "Casa das Máquinas" (Papiro, Porto, 2008)... se puderem aparecer... de qualquer modo passem palavra...e no dia 1 de Agosto, à mesma hora, o colega francês Laurent Carozza fará uma palestra sobre pré-história, aqui... estamos a tentar dar continuidade a um trabalho iniciado nesta região em 1989 sobre as arquitecturas do III e II milénio a. C. e a procurar prestigiar a arqueologia portuguesa com o nosso pequeno mas esforçado contributo. Amanhã à noite, por exemplo, haverá uma sessão de trabalho e de debate na Junta de Freguesia de Freixo de Numão.
Claro que sem a colaboração da ACDR de Freixo de Numão e de outras entidades nada disto era possível.
Há também aqui no Freixo uma exposição que vai ser inaugurada no próximo domingo e que vale a pena ver... eu terei de ir ao Porto...
Hasta pronto!
As escavações do Castanheiro do Vento estão a correr muito bem, com a participação de um colega canadiano (Christopher Watts, da Universidade de Toronto) e seus alunos, e vários estudantes de todo o mundo, incluindo, claro, a Universidade do Porto e o IPT (Tomar).
As escavações têm a participação de vários arqueólogos a preparar (ou não) doutoramento, e são dirigidas por mim, João Muralha, Ana Vale, Gonçalo Velho, Sérgio Gomes, e Bárbara Carvalho.
Apesar de me levantar todos os dias às 7 horas da manhã e andar numa roda viva até à noite (inclusivamente porque temos muitas frentes de trabalho a avançar e os problemas que se põem em campo são difíceis), tentarei vir aqui falar convosco.
No dia 24 às 21,30 horas, no pequeno auditório do Centro Cultural de Foz Côa, é lançado o meu novo livro de poemas "Casa das Máquinas" (Papiro, Porto, 2008)... se puderem aparecer... de qualquer modo passem palavra...e no dia 1 de Agosto, à mesma hora, o colega francês Laurent Carozza fará uma palestra sobre pré-história, aqui... estamos a tentar dar continuidade a um trabalho iniciado nesta região em 1989 sobre as arquitecturas do III e II milénio a. C. e a procurar prestigiar a arqueologia portuguesa com o nosso pequeno mas esforçado contributo. Amanhã à noite, por exemplo, haverá uma sessão de trabalho e de debate na Junta de Freguesia de Freixo de Numão.
Claro que sem a colaboração da ACDR de Freixo de Numão e de outras entidades nada disto era possível.
Há também aqui no Freixo uma exposição que vai ser inaugurada no próximo domingo e que vale a pena ver... eu terei de ir ao Porto...
Hasta pronto!
sexta-feira, 11 de julho de 2008
domingo, 6 de julho de 2008
Double-face
N’ inventes rien du tout.
Regarde le visage.
Regarde le miroir.
C’ est toi.
Renverse le miroir.
Vois son revers.
N’ inventes rien du tout.
C’ est toi.
Traverse le miroir,
Traverse-le intempestivement.
N’ inventes rien.
Regarde seulement les deux côtés.
C’ est toi.
Ne dites rien.
N’ expliques plus.
Ne théorises pas.
Ne regardes quoi que ce soit.
Guettes, seulement.
C’ est toi.
Est-ce que tu ne comprends pas
Comment tu peux te regarder
Comme ça, toi même ?
Un visage crache
Sur l‘histoire de la Littérature
Sur son visage.
Et dit.
Dit quoi ?
Dit l’ explosion des cristaux d’ argent
Des minuscules cristaux
Sur la face vieillie de la vérité.
Une vieille est devenue folle
Et regarde, regarde éternellement
Dès la face opaque du miroir.
C’est toi.
_______________
voj 2008 (traduction de l' auteur)
sábado, 5 de julho de 2008
José Leite de Vasconcelos
Museu Nacional de Arqueologia
homenageia José Leite de Vasconcelos
Lisboa, 9:45 | Sábado, 5 de Jul de 2008 (Lusa)
O Museu Nacional de Arqueologia (MNA) realiza segunda-feira uma sessão solene na Academia das Ciências de Lisboa para assinalar os 150 anos do nascimento do investigador em ciências sociais José Leite de Vasconcelos.
Lisboa, 05 Jul (Lusa) - O Museu Nacional de Arqueologia (MNA) realiza segunda-feira uma sessão solene na Academia das Ciências de Lisboa para assinalar os 150 anos do nascimento do investigador em ciências sociais José Leite de Vasconcelos.
"Leite de Vasconcelos foi um incansável peregrino do saber", disse à Lusa Luís Raposo, actual director do Museu Nacional de Arqueologia, uma instituição fundada em 1893 pelo investigador com a designação de Museu Etnográfico Português.
Na cerimónia, será lançada uma fotobiografia do investigador, um volume com mais de 300 páginas e vários documentos inéditos sobre a vida e obra de Leite de Vasconcelos, incluindo cartas pessoais, bilhetes e fotos de viagens.
Leite de Vasconcelos nasceu a 7 de Julho de 1858, formou-se em Medicina e apresentou uma tese de licenciatura sobre a evolução da linguagem. Morreu em 1941 deixando uma vasta obra nas áreas da filologia, linguística, etnografia e arqueologia.
"Apesar da sua formação, a Medicina não era das coisas que o interessavam mais", referiu Raposo, apontando que dedicou apenas dois anos ao exercício médico.
Luís Raposo salientou a vasta correspondência do primeiro director do museu.
O Museu Nacional de Arqueologia acolhe actualmente cerca de "25 mil espécimes epistolares" de Leite de Vasconcelos, que teve mais de 4 mil correspondentes, indicou.
Para Luís Raposo, José Leite de Vasconcelos foi "um nacionalista" numa perspectiva "progressista", de interesse "por um território e as gentes que o ocupam desde as origens mais antigas".
Leite de Vasconcelos doutorou-se na Universidade de Paris com um estudo sobre dialectologia portuguesa.
O livro "As religiões da Lusitânia" e a fundação do próprio museu - que o investigador pretendia que fosse um Museu do Homem - são, no entender de Luís Raposo, as duas grandes obras de Leite de Vasconcelos.
Na celebração dos 150 anos do seu fundador, o Museu Nacional de Arqueologia inaugura, também na segunda-feira, uma exposição intitulada "Impressões do Oriente. De Eça de Queirós a Leite de Vasconcelos" e lança um postal comemorativo criado pelos CTT.
A exposição reúne fotografias (de um espólio adquirido pelo Estado português e integrado na Divisão de Documentação Fotográfica do Instituto dos Museus e da Conservação) que ficaram como registos de viagem, desde 1850 até 1890, na região do Médio Oriente, acrescentando-lhe "uma dimensão nacional", com apontamentos da viagem de Eça de Queirós ao Canal de Suez, em 1869, e de Leite de Vasconcelos ao Egipto, em 1909, para um congresso de arqueologia.
Uma das "preciosidades" que a exposição vai mostrar (até 31 de Dezembro) é o equipamento fotográfico que Leite de Vasconcelos utilizava, indicou o director do Museu Nacional de Arqueologia.
EO.
Lusa/fim
Fonte: Archport
homenageia José Leite de Vasconcelos
Lisboa, 9:45 | Sábado, 5 de Jul de 2008 (Lusa)
O Museu Nacional de Arqueologia (MNA) realiza segunda-feira uma sessão solene na Academia das Ciências de Lisboa para assinalar os 150 anos do nascimento do investigador em ciências sociais José Leite de Vasconcelos.
Lisboa, 05 Jul (Lusa) - O Museu Nacional de Arqueologia (MNA) realiza segunda-feira uma sessão solene na Academia das Ciências de Lisboa para assinalar os 150 anos do nascimento do investigador em ciências sociais José Leite de Vasconcelos.
"Leite de Vasconcelos foi um incansável peregrino do saber", disse à Lusa Luís Raposo, actual director do Museu Nacional de Arqueologia, uma instituição fundada em 1893 pelo investigador com a designação de Museu Etnográfico Português.
Na cerimónia, será lançada uma fotobiografia do investigador, um volume com mais de 300 páginas e vários documentos inéditos sobre a vida e obra de Leite de Vasconcelos, incluindo cartas pessoais, bilhetes e fotos de viagens.
Leite de Vasconcelos nasceu a 7 de Julho de 1858, formou-se em Medicina e apresentou uma tese de licenciatura sobre a evolução da linguagem. Morreu em 1941 deixando uma vasta obra nas áreas da filologia, linguística, etnografia e arqueologia.
"Apesar da sua formação, a Medicina não era das coisas que o interessavam mais", referiu Raposo, apontando que dedicou apenas dois anos ao exercício médico.
Luís Raposo salientou a vasta correspondência do primeiro director do museu.
O Museu Nacional de Arqueologia acolhe actualmente cerca de "25 mil espécimes epistolares" de Leite de Vasconcelos, que teve mais de 4 mil correspondentes, indicou.
Para Luís Raposo, José Leite de Vasconcelos foi "um nacionalista" numa perspectiva "progressista", de interesse "por um território e as gentes que o ocupam desde as origens mais antigas".
Leite de Vasconcelos doutorou-se na Universidade de Paris com um estudo sobre dialectologia portuguesa.
O livro "As religiões da Lusitânia" e a fundação do próprio museu - que o investigador pretendia que fosse um Museu do Homem - são, no entender de Luís Raposo, as duas grandes obras de Leite de Vasconcelos.
Na celebração dos 150 anos do seu fundador, o Museu Nacional de Arqueologia inaugura, também na segunda-feira, uma exposição intitulada "Impressões do Oriente. De Eça de Queirós a Leite de Vasconcelos" e lança um postal comemorativo criado pelos CTT.
A exposição reúne fotografias (de um espólio adquirido pelo Estado português e integrado na Divisão de Documentação Fotográfica do Instituto dos Museus e da Conservação) que ficaram como registos de viagem, desde 1850 até 1890, na região do Médio Oriente, acrescentando-lhe "uma dimensão nacional", com apontamentos da viagem de Eça de Queirós ao Canal de Suez, em 1869, e de Leite de Vasconcelos ao Egipto, em 1909, para um congresso de arqueologia.
Uma das "preciosidades" que a exposição vai mostrar (até 31 de Dezembro) é o equipamento fotográfico que Leite de Vasconcelos utilizava, indicou o director do Museu Nacional de Arqueologia.
EO.
Lusa/fim
Fonte: Archport
sexta-feira, 4 de julho de 2008
aos que riem
aos que riem muito insistentemente aos que expõem muito a garganta, os dentes, essa arquitectura aos que riem muito deus virá abrir ainda mais a boca com as suas mãos possantes afastar os maxilares até haver a certeza de todo o vestígio de riso ter sido extirpado. e quando os dentes voarem estilhaçando o riso no ar o texto rirá melhor conciliado com a majestade do violão baixo com o direito do pai ressuscitado. o que abre as notas solenes que caem no fundo das pautas fugindo a qualquer música como pingos de azoto fundente. com os estigmas cravados nas paredes do universo: um à esquerda, outro à direita. tu nunca ouviste essa gargalhada. a tua língua nunca se esticou nesse Espanto. mas ele virá para redimir todos os que usam a boca num riso vão.
foto (pisa, fev.) e texto (porto, julho) voj 2008
double-face
Não inventes nada.
Olha o rosto.
Olha o espelho.
És tu.
Vira o espelho.
Vê o seu reverso.
Não inventes nada.
És tu.
Trespassa o espelho,
Atravessa-o intempestivamente.
Não inventes nada.
Olha apenas os dois lados.
És tu.
Não digas nada.
Não expliques mais.
Não teorizes.
Não vejas nada.
Espreita apenas.
És tu.
Não compreendes
Como podes ser tu
A olhar-te assim?
Um rosto cospe
Na história da Literatura
No seu rosto.
E diz.
Diz o quê?
Diz a explosão dos cristais de prata
Dos minúsculos cristais
Sobre a face envelhecida da verdade.
Uma velha enlouqueceu
E olha, olha eternamente
Saída da face opaca do espelho.
És tu.
voj 2008
__________
Foto: Grace Ho
Fonte: http://www.graceoh.net/portfolio.html
silêncio...
...acontecerá muito provavelmente neste blogue a partir de domingo.
Vou para Freixo de Numão, Vila Nova de Foz Côa, para a 11ª campanha consecutiva de escavações arqueológicas no sítio de Castanheiro do Vento (Horta do Douro).
Em Freixo de Numão, base logística da equipa, o tempo que resta das escavações é pouco para vir ao computador e usá-lo.
Espero voltar ao seu contacto logo que possível.
Vou para Freixo de Numão, Vila Nova de Foz Côa, para a 11ª campanha consecutiva de escavações arqueológicas no sítio de Castanheiro do Vento (Horta do Douro).
Em Freixo de Numão, base logística da equipa, o tempo que resta das escavações é pouco para vir ao computador e usá-lo.
Espero voltar ao seu contacto logo que possível.
convite on line...
... na página da FLUP
http://sigarra.up.pt/flup/noticias_geral.ver_noticia?P_NR=2052
C A S A
D A S
M Á Q U I N A S
C A S A
D A S
M Á Q U I N A S
C A S A
D A S
M Á Q U I N A S
C A S A
D A S
M Á Q U I N A S
C A S A
D A S
M Á Q U I N A S
C A S A
D A S
M Á Q U I N A S
C A S A
D A S
M Á Q U I N A S
C A S A
D A S
M Á Q U I N A S
Congrès International de Psychanalyse
(Cliquer sur les images pour augmenter et lire les documents)
Source/contact: secretariat@freud-lacan.com
Al-Madan 16 em Preparação
Chama-se a atenção para que decorre o período de recepção de originais para a próxima edição da revista Al-Madan (IIª Série, n.º 16), envolvendo artigos de Arqueologia ou Património, textos de opinião, noticiário de trabalhos recentes, comentário a eventos científicos ou novas publicações, notas de actualidade, etc.
Os interessados deverão consultar a secção Como Colaborar, na página da revista na Internet (http://www.almadan.publ.pt), e esclarecer qualquer dúvida remanescente ou enviar a sua colaboração para director.almadan@clix.pt, até ao final da primeira quinzena do próximo mês de Outubro.
E recorda-se que estão em distribuição as duas componentes do n.º 15:
Al-Madan impressa, com o tema central “1982-2007: 25 Anos de Arqueologia em Revista” (veja Onde Comprar, no site, ou faça o pedido directo ao CAA);
Al-Madan Online – adenda electrónica, disponível gratuitamente, em formato PDF, através do mesmo site.
Almada, 2008-07-02
Revista Al-Madan -- Direcção
Centro de Arqueologia de Almada
Apartado EC 603 Pragal
2801-601 Almada
Tel. / Fax: 212 766 975
Telm.: 96 735 48 18
E-mail: director.almadan@clix.pt
Al-Madan Online em http://www.almadan.publ.pt
Os interessados deverão consultar a secção Como Colaborar, na página da revista na Internet (http://www.almadan.publ.pt), e esclarecer qualquer dúvida remanescente ou enviar a sua colaboração para director.almadan@clix.pt, até ao final da primeira quinzena do próximo mês de Outubro.
E recorda-se que estão em distribuição as duas componentes do n.º 15:
Al-Madan impressa, com o tema central “1982-2007: 25 Anos de Arqueologia em Revista” (veja Onde Comprar, no site, ou faça o pedido directo ao CAA);
Al-Madan Online – adenda electrónica, disponível gratuitamente, em formato PDF, através do mesmo site.
Almada, 2008-07-02
Revista Al-Madan -- Direcção
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Apartado EC 603 Pragal
2801-601 Almada
Tel. / Fax: 212 766 975
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E-mail: director.almadan@clix.pt
Al-Madan Online em http://www.almadan.publ.pt
livre
INTERNET, INFORMÁTICA E CIDADANIA
Alternativas do software livre aos monopólios digitais
10 e 11 de Julho | Fábrica Braço de Prata - Livraria Ler Devagar | Lisboa
Acção de formação em SPIP (www.spip.net )
10 de Julho | 5.ª F | 18h30
Com a participação de:
Philippe Rivière - jornalista do Le Monde diplomatique e co-autor do software livre SPIP;
Luís Carlos Feijão - programador informático.
Debate
11 de Julho | 6.ª F | 21h
Com a participação de:
Philippe Rivière - jornalista do Le Monde diplomatique e co-autor do software livre SPIP;
João Neves - ANSOL;
Inês Pereira - socióloga;
Nuno Teles - economista.
Entrada livre, sujeita a inscrição prévia. Inscrições para monde-diplo@netcabo.pt
No final será emitido certificado de participação.
____________________________________________________________________________________
Os programadores da liberdade
Sociedade em rede e sociedade da informação, eis dois epítetos comummente utilizados para caracterizar, por um lado, os processos internacionais de interdependência global ˆ financeira, comercial, etc. ˆ e, por outro, a comercialização e o fechamento do conhecimento e da informação. Paralelamente a este processo central na sociedade contemporânea, encontramos, todavia, um conjunto de movimentos que propõem a criação de alternativas, entre os quais se destaca o do software livre.
O software livre pode ser definido como aquele cujo código-fonte está disponível, sendo possível copiá-lo, modificá-lo e distribuí-lo sem quaisquer autorizações ou pagamentos adicionais. Ou seja, qualquer indivíduo na posse dos conhecimentos necessários pode utilizá-lo e contribuir livremente para o seu desenvolvimento.
O software livre desenvolve-se em rede, numa ampla e complexa rede que engloba colectivos e indivíduos isolados que contribuem, a partir das mais diversas partes do mundo, para a construção colectiva de soluções informáticas. Neste sentido, o desenvolvimento do software livre só é possível porque existe a sociedade em rede, e porque existem infra-estruturas tecnológicas que permitem ligar os diversos pontos do globo entre si, tornando possível o estabelecimento de comunicações sincrónicas entre um e outro ponto do mundo.
Por outro lado, o software livre baseia-se numa alternativa ao fechamento da informação. Resulta de projectos individuais e colectivos, conjugando no seu seio uma multiplicidade de projectos e motivações. O primeiro tipo de projecto associado ao movimento do software livre prende-se com as possibilidades de inovação e criação tecnológica facultadas pelo uso das ferramentas de código-aberto. O software livre, cujos diversos «membros» elaboram mais ou menos autonomamente projectos de desenvolvimento, tradução e adaptação tecnológica, revê-se particularmente na ideia do prazer criativo. Simultaneamente, a inovação tecnológica surge dotada de sentidos e significados, incorporando éticas, ideologias e projectos de mudança. A utilização de software livre reveste-se de um sentido ético e o projecto do software livre é também um movimento social, construído em torno da ideia da liberdade, do acesso e partilha da informação e da independência face a grandes organizações empresariais de tendência monopolista e a estratégias comerciais que controlam arbitrariamente as aplicações informáticas disponíveis no mercado. Finalmente, o software livre está também a tornar-se parte de uma realidade empresarial, podendo ser também visto como um projecto económico.
O software livre surge assim como um movimento que reage a uma nova morfologia social e a novas lógicas de dominação, e que constrói alternativas no seio da sociedade em rede, em torno de uma das suas questões fundamentais: a circulação da informação, demonstrando que esta rede tem um imenso potencial disruptivo, e que outras informáticas são possíveis.
INÊS PEREIRA | Socióloga
____________________________________________________________________________________
Organização:
Le Monde diplomatique - edição portuguesa | ANSOL | Shift
Alternativas do software livre aos monopólios digitais
10 e 11 de Julho | Fábrica Braço de Prata - Livraria Ler Devagar | Lisboa
Acção de formação em SPIP (www.spip.net )
10 de Julho | 5.ª F | 18h30
Com a participação de:
Philippe Rivière - jornalista do Le Monde diplomatique e co-autor do software livre SPIP;
Luís Carlos Feijão - programador informático.
Debate
11 de Julho | 6.ª F | 21h
Com a participação de:
Philippe Rivière - jornalista do Le Monde diplomatique e co-autor do software livre SPIP;
João Neves - ANSOL;
Inês Pereira - socióloga;
Nuno Teles - economista.
Entrada livre, sujeita a inscrição prévia. Inscrições para monde-diplo@netcabo.pt
No final será emitido certificado de participação.
____________________________________________________________________________________
Os programadores da liberdade
Sociedade em rede e sociedade da informação, eis dois epítetos comummente utilizados para caracterizar, por um lado, os processos internacionais de interdependência global ˆ financeira, comercial, etc. ˆ e, por outro, a comercialização e o fechamento do conhecimento e da informação. Paralelamente a este processo central na sociedade contemporânea, encontramos, todavia, um conjunto de movimentos que propõem a criação de alternativas, entre os quais se destaca o do software livre.
O software livre pode ser definido como aquele cujo código-fonte está disponível, sendo possível copiá-lo, modificá-lo e distribuí-lo sem quaisquer autorizações ou pagamentos adicionais. Ou seja, qualquer indivíduo na posse dos conhecimentos necessários pode utilizá-lo e contribuir livremente para o seu desenvolvimento.
O software livre desenvolve-se em rede, numa ampla e complexa rede que engloba colectivos e indivíduos isolados que contribuem, a partir das mais diversas partes do mundo, para a construção colectiva de soluções informáticas. Neste sentido, o desenvolvimento do software livre só é possível porque existe a sociedade em rede, e porque existem infra-estruturas tecnológicas que permitem ligar os diversos pontos do globo entre si, tornando possível o estabelecimento de comunicações sincrónicas entre um e outro ponto do mundo.
Por outro lado, o software livre baseia-se numa alternativa ao fechamento da informação. Resulta de projectos individuais e colectivos, conjugando no seu seio uma multiplicidade de projectos e motivações. O primeiro tipo de projecto associado ao movimento do software livre prende-se com as possibilidades de inovação e criação tecnológica facultadas pelo uso das ferramentas de código-aberto. O software livre, cujos diversos «membros» elaboram mais ou menos autonomamente projectos de desenvolvimento, tradução e adaptação tecnológica, revê-se particularmente na ideia do prazer criativo. Simultaneamente, a inovação tecnológica surge dotada de sentidos e significados, incorporando éticas, ideologias e projectos de mudança. A utilização de software livre reveste-se de um sentido ético e o projecto do software livre é também um movimento social, construído em torno da ideia da liberdade, do acesso e partilha da informação e da independência face a grandes organizações empresariais de tendência monopolista e a estratégias comerciais que controlam arbitrariamente as aplicações informáticas disponíveis no mercado. Finalmente, o software livre está também a tornar-se parte de uma realidade empresarial, podendo ser também visto como um projecto económico.
O software livre surge assim como um movimento que reage a uma nova morfologia social e a novas lógicas de dominação, e que constrói alternativas no seio da sociedade em rede, em torno de uma das suas questões fundamentais: a circulação da informação, demonstrando que esta rede tem um imenso potencial disruptivo, e que outras informáticas são possíveis.
INÊS PEREIRA | Socióloga
____________________________________________________________________________________
Organização:
Le Monde diplomatique - edição portuguesa | ANSOL | Shift
afirmação
A poesia, tal como qualquer obra humana,
ou vivência verdadeiramente intensa
e digna de ser experienciada,
não representa nada:
apresenta-se.
O sublime é a sua vocação.
O sublime é o modo da transcendência
nos tempos modernos.
Toda a verdadeira poesia apresenta o sublime.
O sublime é a experiência do absoluto vazio
que subjaz.
Habitar o vazio que subjaz
é a máxima dignidade do ser humano:
não entender.
Não ter nada,
absolutamente nada.
Nem a própria palavra sublime,
que acaba por se consumir a si mesma.
Retórica de quem fecha
a última porta
sobre o segredo absoluto.
Apresentação impossível.
quarta-feira, 2 de julho de 2008
em marienbad, em qualquer ano
O que distingue verdadeiramente a mulher
É trazer uma ferida ao meio do corpo? Uma ferida exposta.
Ao meio, mas sempre como a querer entornar-se
Para os lados.
Daí a necessidade da lingerie especial, diversificada.
Todo esse aparato de fitinhas e lacinhos, e decorações.
Todo esse movimento de frenesim
Quando aparece uma mulher como fêmea:
É um cavalo, um animal enorme ferido ao centro
Que se irrequieta com as amarras,
Que pede que lhe mordam as narinas,
Que precisa de ópio
Para adormecer as feridas,
A irrequietude.
É uma estátua equestre.
Ajaezada.
A mulher fica alta.
Há uma praça.
Uns sapatos, ligas, atavios tontos.
Um frisson de bicho, de bicho grande,
Como uma sequóia natural.
Com o tronco cindido.
Com a seiva a pingar, a ser contida
Por um círculo de homens abraçados.
Um cavalo coberto de jóias, de brilhos,
De feridas brilhantes de pus.
A trocar constantemente de pulseiras nos tornozelos.
A reflectir as nuvens nos cascos.
A querer entrar no filme, para correr.
Ao meio do corpo.
Um corpo de Medusa,
Em permanente rotação.
Irrequietude do que está quieto.
Contido sobre as tapeçarias.
Grande estátua no meio da sala, que cresce
Até ao tecto, e aí bate com as narinas suadas,
Com os bicos dos saltos altos,
Com as protuberâncias, as excrescências.
Pedindo serviços,
Criadas, o redondel de serviçais em volta
Como pombos em torno do animal principal.
O problema é a ferida, que volta sempre.
Desinquieta. E as calcinhas interiores
Onde as figuras voltejam.
Tapam e destapam.
Os espelhos, os candelabros, os reflexos.
Um palácio reúne-se em volta de uma mulher.
Os diplomatas. Os músicos. Os cozinheiros.
E não há maneira.
Não há bacia que contenha isto.
Esta hemorragia de versos,
Como longas escadarias,
Cada degrau pedindo outro,
Cada sala desembocando
Numa próxima, de outra cor.
Cada imagem apresentando outra imagem.
E lá sempre ao centro a cama, o dossel, o trono,
A mulher, o unicórnio.
Os cortinados que se fecham.
Os risinhos que continuam por detrás.
Um pavão arma a cauda no parque, e fica a olhar
Para a única janela iluminada,
Onde tremula uma bandeira.
E ela, bandeira, sangra. Pela ferida.
É a menstruação permanente do Animal Central.
Com saltos altos, bicos acerados.
Cravados em todo o corpo,
Até ao tecto.
Sempre a querer fugir
À centração do texto, à focagem da retina.
É isso a mulher? O Cavalo em todo o seu suor
Anterior ao desfile?
Não sei, estou do lado de cá.
Mas há qualquer coisa,
Talvez um permanente acontecimento,
Coberto de jóias.
À espera de apresentação.
Síndrome de Desfile.
Enquanto o mapa-múndi se desenrola.
voj 2008
_________
Foto: Andy Julia
Fonte: http://www.andy-julia.photography.com/home.htm
apresentação
Aqui tens as radiografias
Da imaginação,
Aquelas que a liberdade total
Apresenta à luz
Com poder soberano.
Este é o meu corpo.
Este é o rosto.
Este é o interior da máquina.
Etc.
Aqui tens a vida exposta
Nas suas reais entranhas:
O seu torpor, o seu motor.
A vida viva, funcionando nos óleos.
Aqui tens o cadáver vivo
Espantado ainda de ter sido apanhado
Na radiografia.
Com os lábios pintados de azoto líquido.
Com os cabelos frisados de nitrato
De prata.
Aqui se apresenta em toda a magnificência
Do sentimento, da emoção.
Em apenas dois planos, captado ao acaso
Durante a sua rotação em torno
Das cervicais.
Aqui tens os documentos.
Aqui tens os movimentos vitais.
Máquinas. Extrema atenção
Ao momento seguinte.
Aqui tens a radiografia
Das turbinas viscerais.
voj 2008
_______________________
Fotos: Andy Julia
Fonte: http://www.andy-julia-photography.com/home.htm
o boi da paciência
aqueles que viviam agarrados ao chão, a produzir alguma coisa que comer e que beber com as suas mãos, tinham facilmente a sensação de estarem vivos e de serem úteis, quer dizer, de terem um sentido para as suas vidas, criando-lhes as condições de prosseguimento (as chamadas perversamente "necessidades básicas");
aqueles que vivem agarrados à máquinas, delegaram já de uma forma decisiva a sensação (ilusão, se se quiser) de serem decisivos, além de que as suas mãos tanto podem ser instrumentos de potenciação (premirem o botão certo, manipularem o instrumento de forma hábil) como de desastre (um falhanço e lá se pode ir uma mão ou um trabalho inteiro ao ar). Mas sobretudo estão alienados, como Marx mostrou, separados da totalidade da cadeia de produção: não comem aquilo que produzem, produzem partes de coisas para um sistema abstracto. Tornaram-se abstractos também, estão nus. Quer como produtores, quer como consumidores. Aliás, são (somos) mais consumidores do que produtores, dado o carácter altamente desmaterializado, pós-industrial, dos mecanismos que accionamos. Uma das nossas maiores pragas foram os sistemas informáticos actuais, de que somos fiéis servidores. Sem dúvida que a tecnologia nos proporciona muitas oportunidades... estamos é a pagá-las bastante caro (refiro-me à maior parte dos cidadãos do planeta). E todos sabemos que é muito difícil tentar esboçar esquemas alternativos a um sistema extremamente burocratizado, tecnocratizado, excludente, como aquele que se está a implementar em todo o mundo.
Estamos sem horizonte, a tentar navegar sem remos numa poça que se torna cada vez mais infecta. Irrespirável. Onde a alegria genuína? Não se vê.
aqueles que passam a vida a pensar nestas coisas, e a escrever sobre elas, incorrem num risco ainda maior, o do trapezista sem rede: ou de facto de tanto ler e pensar conseguem finalmente elaborar algo de verdadeiramente "interessante", seja lá o que isso queira dizer (... em geral conotado com o "original" de múltiplas formas, a maior parte das quais pseudo-novas e portanto de certo modo caricatas, porque o que é novo é mesmo raro, esquivo como tudo... daí que quem faz um blogue destes arrisque todos os dias uma certa "má figura", mas pronto!), ou fazem um número mal feito, jamais atingindo os aplausos do público, presente ou futuro. Trapezistas ou palhaços, estão sempre a cair, e muitas vezes não se dão conta disso, continuando o número, pateticamente.
Como se dizia dantes aos pobrezinhos que pediam esmola: "tenha paciência..."
sublime, presentation, existence
In the brief but incisive Preface to the French edition (Paris, Ed. Belin, 1988) of the collective book "Of the Sublime: Presence in Question" (Albany, State University of New York, 1993) Jean-Luc Nancy approaches a very important series of questions, developed in the book by himself and by the several authors whose names may be seen in the front cover.
He writes that the sublime "constitutes our tradition" (p. 1 - the underlines in red are mine). What that tradition "passes on" is "the aesthetic" or "the sensible presentation as question." (p.1)
Western thought is organized around this dichotomy: representation, i.e, "the instance of the object", and therefore "nonsensible", and "articulated in terms of conformity and signification" (p. 2); and the subject, who poses itself in the side of the sensible.
Presentation is an "event", an "explosive one", which traditionally is connected to "beauty and/or sublimity" (p.2).
"From the moment when representation comes to know itself to be such and comes to present itself as such (...), a moment which constitutes the history of modern art and thought, it takes up (...) a question (...) of presentation." (p. 2)
Thus the sublime is "the question of presentation", "of what is at play at the limit of the essence" (p. 2) : "(...) the sublime is more "essential" to beauty than the very essence of the beautiful." (p. 2). It "(...) puts into communication or contact all instances of presentation (...) (history, community, sense, politics, thought, and even representation) (...)" itself (p.2).
"The question of presentation is the question (...) of existence (...) the question of being-in-the-world." (p. 2).
He writes that the sublime "constitutes our tradition" (p. 1 - the underlines in red are mine). What that tradition "passes on" is "the aesthetic" or "the sensible presentation as question." (p.1)
Western thought is organized around this dichotomy: representation, i.e, "the instance of the object", and therefore "nonsensible", and "articulated in terms of conformity and signification" (p. 2); and the subject, who poses itself in the side of the sensible.
Presentation is an "event", an "explosive one", which traditionally is connected to "beauty and/or sublimity" (p.2).
"From the moment when representation comes to know itself to be such and comes to present itself as such (...), a moment which constitutes the history of modern art and thought, it takes up (...) a question (...) of presentation." (p. 2)
Thus the sublime is "the question of presentation", "of what is at play at the limit of the essence" (p. 2) : "(...) the sublime is more "essential" to beauty than the very essence of the beautiful." (p. 2). It "(...) puts into communication or contact all instances of presentation (...) (history, community, sense, politics, thought, and even representation) (...)" itself (p.2).
"The question of presentation is the question (...) of existence (...) the question of being-in-the-world." (p. 2).
Colesterol bom
Níveis altos de colesterol bom previnem Alzheimer e demência
"Os níveis altos de “colesterol bom” podem prevenir a perda de memória e outros problemas neurológicos que antecedem doenças como Alzheimer e outras formas de demências, defendem cientistas europeus num estudo publicado numa revista científica inglesa.
O estudo analisou 3.700 homens e mulheres britânicos, tendo os cientistas do Instituto Nacional de França para a Investigação Médica e da University College, de Londres, chegado à conclusão que a diminuição desse “colesterol bom” ou lipoproteína de alta densidade (HDL) está ligada à perda de memória a partir dos 60 anos.
Alzheimer é uma doença neurológica progressiva e incurável que se manifesta pela perda de memória, por demência e que leva à morte do doente, manifestando-se geralmente em pessoas com mais de 65 anos. Segundo o estudo, os altos níveis de HDL também podem reduzir o perigo de doenças cardiovasculares. Por outro lado, o “colesterol mau” ou lipoproteína de baixa intensidade (LDL) acumula-se nas paredes arteriais e causa problemas cardiovasculares que podem ser fatais.
A procura dos factores que causam as doenças neurológicas, especialmente o Alzheimer, tornou-se mais premente nos últimos anos devido ao envelhecimento progressivo da população em muitos países. “Se considerarmos o envelhecimento da população vemos que enfrentamos uma bomba-relógio no que concerne à demência”, explicou a cientista Archana Sing-Manoux, do Instituto Nacional de França.
Para elaborar o estudo, os cientistas organizaram dois grupos, um dos quais com pessoas com uma média de 55 anos e outro com pessoas com uma média de 60 anos. A ambos pediram-lhes para ler 20 palavras e escrever em 2 minutos as que conseguissem lembrar-se.
Nos do grupo dos 55 anos, as pessoas que tinham níveis baixos de “colesterol bom” registaram um risco 27 por cento maior de perda de memória em relação aos que tinham níveis mais altos de “colesterol bom”. Entre os de 60 anos, esse risco subiu para 53 por cento.
O estudo, publicado pela revista Arteriosclerosis, Thrombosis and Vascular Biology, não investigou as razões pelas quais o “colesterol bom” protege a memória, mas verificou ser possível que o HDL previna a acumulação no cérebro de plaquetas beta-amilóides, que são o sinal que define a doença de Alzheimer."
O estudo analisou 3.700 homens e mulheres britânicos, tendo os cientistas do Instituto Nacional de França para a Investigação Médica e da University College, de Londres, chegado à conclusão que a diminuição desse “colesterol bom” ou lipoproteína de alta densidade (HDL) está ligada à perda de memória a partir dos 60 anos.
Alzheimer é uma doença neurológica progressiva e incurável que se manifesta pela perda de memória, por demência e que leva à morte do doente, manifestando-se geralmente em pessoas com mais de 65 anos. Segundo o estudo, os altos níveis de HDL também podem reduzir o perigo de doenças cardiovasculares. Por outro lado, o “colesterol mau” ou lipoproteína de baixa intensidade (LDL) acumula-se nas paredes arteriais e causa problemas cardiovasculares que podem ser fatais.
A procura dos factores que causam as doenças neurológicas, especialmente o Alzheimer, tornou-se mais premente nos últimos anos devido ao envelhecimento progressivo da população em muitos países. “Se considerarmos o envelhecimento da população vemos que enfrentamos uma bomba-relógio no que concerne à demência”, explicou a cientista Archana Sing-Manoux, do Instituto Nacional de França.
Para elaborar o estudo, os cientistas organizaram dois grupos, um dos quais com pessoas com uma média de 55 anos e outro com pessoas com uma média de 60 anos. A ambos pediram-lhes para ler 20 palavras e escrever em 2 minutos as que conseguissem lembrar-se.
Nos do grupo dos 55 anos, as pessoas que tinham níveis baixos de “colesterol bom” registaram um risco 27 por cento maior de perda de memória em relação aos que tinham níveis mais altos de “colesterol bom”. Entre os de 60 anos, esse risco subiu para 53 por cento.
O estudo, publicado pela revista Arteriosclerosis, Thrombosis and Vascular Biology, não investigou as razões pelas quais o “colesterol bom” protege a memória, mas verificou ser possível que o HDL previna a acumulação no cérebro de plaquetas beta-amilóides, que são o sinal que define a doença de Alzheimer."
Fonte de texto e imagem: Ciência Hoje
http://www.cienciahoje.pt/index.php?oid=26708&op=all
Edwin Arlington Robinson - un poème/a poem
Edwin Arlington Robinson
Souvenir
Une maison évanouie que j’ai connue pendant une heure
Par quelque hasard oublié, tout jeune encore,
Jetait des lueurs par une fenêtre surmontée
D’un chèvrefeuille humide de la rosée du soir.
De grands dahlias bordaient obscurément l’allée,
Des hortensias palpaient l’ombre et se balançaient
Férocement ; et au-dessus de moi, parmi
Les phalènes et les mystères, volait, floue, une chauve-souris.
Quelque part au-dedans, de confuses présences
Flottaient : journées fantômes, années qui n’étaient plus.
J’attendais. Entre leurs silences
Un bruit fané, évanescent, se fit entendre ;
Et, bien qu’enfant, je sus qu’il trahissait la voix
De quelqu’un qui était occupé à mourir.
Remembrance
A vanished house that for an hour I knew
By some forgotten chance when I was young
Had once a glimmering window overhung
With honeysuckle wet with evening dew.
Along the path tall dusky dahlias grew,
And shadowy hydrangeas reached and swung
Ferociously ; and over me, among
The moths and mysteries, a blurred bad flew.
Somewhere within there were dim presences
Of days that hovered and of years gone by.
I waited, and between their silences
There was an evanescent faded noise ;
And though a child, I know it was the voice
Of one whose occupation was to die.
Edwin Arlington Robinson
dans Pierre Leyris, "Esquisse d’une anthologie de la poésie américaine du xixe siècle", édition bilingue, Gallimard, 1995, p. 419 et 418.
Contribution de Tristan Hordé
note bio-bibliographique de Edwin Arlington Robinson http://poezibao.typepad.com/poezibao/2008/07/edwin-arlington.html
index de Poezibao
http://poezibao.typepad.com/poezibao/2005/06/index_des_potes.html
Source: http://poezibao.com/
Merci Florence Trocmé de la permission de reproduction dans mon blog!
Souvenir
Une maison évanouie que j’ai connue pendant une heure
Par quelque hasard oublié, tout jeune encore,
Jetait des lueurs par une fenêtre surmontée
D’un chèvrefeuille humide de la rosée du soir.
De grands dahlias bordaient obscurément l’allée,
Des hortensias palpaient l’ombre et se balançaient
Férocement ; et au-dessus de moi, parmi
Les phalènes et les mystères, volait, floue, une chauve-souris.
Quelque part au-dedans, de confuses présences
Flottaient : journées fantômes, années qui n’étaient plus.
J’attendais. Entre leurs silences
Un bruit fané, évanescent, se fit entendre ;
Et, bien qu’enfant, je sus qu’il trahissait la voix
De quelqu’un qui était occupé à mourir.
Remembrance
A vanished house that for an hour I knew
By some forgotten chance when I was young
Had once a glimmering window overhung
With honeysuckle wet with evening dew.
Along the path tall dusky dahlias grew,
And shadowy hydrangeas reached and swung
Ferociously ; and over me, among
The moths and mysteries, a blurred bad flew.
Somewhere within there were dim presences
Of days that hovered and of years gone by.
I waited, and between their silences
There was an evanescent faded noise ;
And though a child, I know it was the voice
Of one whose occupation was to die.
Edwin Arlington Robinson
dans Pierre Leyris, "Esquisse d’une anthologie de la poésie américaine du xixe siècle", édition bilingue, Gallimard, 1995, p. 419 et 418.
Contribution de Tristan Hordé
note bio-bibliographique de Edwin Arlington Robinson http://poezibao.typepad.com/poezibao/2008/07/edwin-arlington.html
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