sábado, 28 de junho de 2008

Advertência...


Vou postar a seguir uma palestra informal de Alain Robbe-Grillet, romancista e cineasta francês nascido na Bretanha, a qual, como sempre acontece no You tube, está dividida em parcelas numeradas. O autor só começa a falar na segunda. Robbe-Grillet acentua o aspecto auto-biográfico de toda a obra autoral, o que me parece extremamente interessante numa época em que muitos são atraídos por um modelo maquínico e tecnocrático de ciência, e por extensão de indivíduo, que não é mais do que uma degenerescência perversa da ciência - no que ela tem de humano, de emocional e portanto sempre de periclitante e de "fabricado", de político - e uma castração do indivíduo num discurso inócuo, repetitivo e cansativo. Robbe-Grillet, que vem de uma formação desse tipo, abandona-a a certo momento da sua vida para tentar perceber o que é o mundo e o que faz aqui - por muito insensata e ambiciosa que seja a pergunta, ela é irreprimível: a vontade de dar sentido retrospectivo à fragmentação da vida.
Belíssimo a esse respeito o que diz do livro de Marguerite Duras, L'Amant. Por exemplo...

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