quarta-feira, 11 de abril de 2007

MINHA TESE DE DOUTORAMENTO


Este é o primeiro volume (953 pp.) da minha dissertação de doutoramento, apresentada à Faculdade de Letras da Universidade do Porto em 1982.
Há um segundo volume, de ilustrações, consultável sobretudo na biblioteca da FLUP.
Quanto ao primeiro, jamais publicado como tal, encontra-se em diversas bibliotecas de Portugal e de Espanha.

Bem anterior à era dos computadores pessoais, foi um trabalho escrito à máquina no Porto, e passado a stêncil em Lisboa, entre Janeiro de 1980 (quando me libertaram da tropa) e Janeiro de 1982.

A sua preparação deu-se logo que vim para o Porto, em inícios de 1975, mas os anos decisivos foram 1978-79, 79-80 e 80-81, em que pude usufruir de uma equiparação a bolseiro, ou seja, em que me pude dedicar quase em exclusivo à tese, tendo-me substituído na docência, na FLUP, a minha mulher e colega Susana Oliveira Jorge.

Os meus orientadores foram Jean Roche, do CNRS, e Carlos A. F. de Almeida, da FLUP.
Vivia então num pequeno cubículo da R. Aníbal Cunha, e nem carro tinha. De início, nem mesmo máquina fotográfica. Para poder abstrair-me das conversas que se davam na sala-escritório que o T1 possuía, com frequência trabalhava com auscultadores e música de fundo. Sempre que acabava um capítulo ou sub-capítulo, colocando-o nos correios da rotunda da Boavista para o senhor (meu amigo Vasco Serrão, primo do meu primeiro mestre em arqueologia, Eduardo Serrão) que dactilografava no stêncil em Lisboa, auto-premiava-me indo ao cinema.

Quando cheguei ao Porto, praticamente vindo de Angola, nunca tinha contactado com o Norte de Portugal. Passei muitos dias em alfarrabistas, à procura em montanhas de papel de monografias locais e dados dispersos.
Em termos de conhecimentos de "Pré-história", o Norte do país parecia, quando aqui chegámos, encontrar-se no séc. XIX. Tivemos a sorte e o azar de ser pioneiros, isto é, de começar do nada.

Uma ajuda importante que recebi foi do Huet Bacelar Gonçalves, na antiga Faculdade de Ciências, onde ainda havia o Instituto de Antropologia e a sua biblioteca.

2 comentários:

Anónimo disse...

Pois! Realmente deve ter sido uma aventura, pela descrição k faz!
Contudo, hoje toda a gente sabe a kem se deve os primeiros estudos em pré-história no Norte do país!
Acho k deve ser uma grande honra para si, e também para a prof. Susana!
Bem hajam e...nunca é tarde nem demais, parabéns por tudo o k AINDAM continuam a fazer.

Abraço
Eliana

Vitor Oliveira Jorge disse...

Obrigado. É tudo uma questão de termos apoios ou não... sozinho(s) e com meios artesanais, como se nos fizessem um favor, em vez de perceberem que prestamos um serviço, não se vai a lado nenhum!