O isolamento, nos momentos de escavação em que passamos os dias de semana rodeados de pessoas e de afazeres, quando é possível, sabe a paraíso.
Esta suspensão do tempo dentro da casa, a própria escassez de comida disponível, o ruído das pessoas a conversarem ao longe, a irrequietude primitiva dos pássaros envolvidos uns nos outros, em bandos, a leitura completa de um livro iluminado - Giorgio Agamben, "Ideia de Prosa" (já referido numa postagem anterior - é daqueles livros em que apetece sublinhar tudo e recomeçar a ler mal se acaba) - o poder dormir e acordar libertado das horas e das prescrições de toda a sorte, o facto de ninguém me enviar qualquer mensagem, este despertar da luz da noite nos múltiplos perfis, ruídos, este afastamento do que inventamos como necessidades... estas pequenas tarefas e passos dentro da casa, esta memória de tantas ausências e esta aceitação do irrecuperável... bem, não digo mais nada, pelo menos agora. Que ridícula nos parece a agitação do mundo, nestes dias; mas ao mesmo tempo sem ela não haveria este contraste, esta completude.
Esta suspensão do tempo dentro da casa, a própria escassez de comida disponível, o ruído das pessoas a conversarem ao longe, a irrequietude primitiva dos pássaros envolvidos uns nos outros, em bandos, a leitura completa de um livro iluminado - Giorgio Agamben, "Ideia de Prosa" (já referido numa postagem anterior - é daqueles livros em que apetece sublinhar tudo e recomeçar a ler mal se acaba) - o poder dormir e acordar libertado das horas e das prescrições de toda a sorte, o facto de ninguém me enviar qualquer mensagem, este despertar da luz da noite nos múltiplos perfis, ruídos, este afastamento do que inventamos como necessidades... estas pequenas tarefas e passos dentro da casa, esta memória de tantas ausências e esta aceitação do irrecuperável... bem, não digo mais nada, pelo menos agora. Que ridícula nos parece a agitação do mundo, nestes dias; mas ao mesmo tempo sem ela não haveria este contraste, esta completude.
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