Fotos Alexandra Figueiredo, mostrando a anta abaixo logo após restauro.
Note-se por exemplo a forma e a matéria-prima (textura/cor) desta peça inserta no corredor.
Anta de câmara e corredor diferenciados.
Rego da Murta foi objecto de uma tese de doutoramento da autora apresentada à FLUP.
É um IMPORTANTE complexo megalítico (e, segundo informações, talvez não só), lamentavelmente afectado em grande parte por uma das pragas nacionais, um enorme eucaliptal. Mesmo assim, muito ainda há a fazer, sendo vital conseguir-se a autorização do proprietário para a eliminação de algumas daquelas árvores.
Rego da Murta foi objecto de uma tese de doutoramento da autora apresentada à FLUP.
É um IMPORTANTE complexo megalítico (e, segundo informações, talvez não só), lamentavelmente afectado em grande parte por uma das pragas nacionais, um enorme eucaliptal. Mesmo assim, muito ainda há a fazer, sendo vital conseguir-se a autorização do proprietário para a eliminação de algumas daquelas árvores.
2 comentários:
O eucaliptal destruíu o CONJUNTO megalítico, reduzindo-o a ilhas no meio de árvores. Tudo merecia uma melhor apresentação, mas isso custa dinheiro: quem paga? Aliás, o complexo, ou o que resta dele, está ainda em estudo, no meio de dificulodades várias. As ervas existem por todo o lado e ainda bem: mostram que o planeta ainda está vivo, cortam-se depressa e talvez protejam até certo ponto os sítios dos depredadores humanos furtivos... como sabemos, o problema da arqueologia em Portugal é um problema político, como todos os outros, em Portugal e todo o mundo: quem decide alocar recursos para este ou aquele objectivo? Com que fim? Como se faz uma política de prevenção, de verdadeira pesquisa, como se institucionaliza a arqueologia não como uma sucessão de tarefas, de de descobertas e de brilharetes,mas como pesquisa e como manutenção de um valor? Isso levava-nos longe. Mas as pobres ervas aqui nada são comparadas com a completa transformação da paisagem que os eucaliptos representaram. Claro que a vida e o território são transformação: mas pertence à polis, à política, determinar o sentido das transformações. Os arqueólogos gerem ervinhas ou estão arredados da polis, marginalizados como seres tolerados, no melhor dos casos? Por que é que só a "grande ciência" é realmente financiada? Há aí uma política, e de olhos fechados ou só abertos para as "ervas" perdemos de vista... a floresta predadora das decisões, que nos colocam na margem.Ao nível mundial, e não só português, mas temos também de cuidar deste território. Dirigindo uma reflexão crítica bem orientada para o coração das decisões que permitem a destruição de muitos bens em função de valores mais que discutíveis...
O monumento merecia melhor apresentação ou representação?
A anta já há muitos anos que foi engolida, por terraços fluviais, por ervas e finalmente por um mar de eucaliptos.
Resta dizer que a manutenção do monumento é da responsabilidade da Câmara Municipal de Alvaiázere, que é quem de vez em quando corta as ervas que possam incomodar o visitante (mas não os eucaliptos).
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