Dar-te-ei todo o tempo
Para que cures as feridas
Dos homens que amaste
E partiram;
Dar-te-ei todo o tempo
Até que possas voltar
Inteira, tocando-me à porta
Com um sorriso novo;
Intacta, limpa, purificada
Pelo tempo;
E eu, liberto também
De muitas amarras
Incluindo as dos gemidos
Que trocaste com os homens
Que dantes amaste,
E as dos desesperos
Que trouxeram as lágrimas
À flor dos teus olhos.
Esperar-te-ei num dia de sol
Com a porta entreaberta
Sobre as sombras interiores
Da casa, quando as folhas do verão
Quiserem também entrar.
Voj Dez. 2011
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