R. José Falcão, 100
15 h.
colabaração da Fundação Eng.º António de Almeida, a quem muito agradecemos.
Conferência
IMAGEM; REPRESENTAÇÃO E EMANCIPAÇÃO EM RANCIÈRE
A relação entre a potência e o acto, entre o possível e o real, ocupa um lugar cimeiro na história ocidental. Desde Aristóteles que potência e acto se inter-relacionam segundo uma dialéctica de oposição e vinculação. Sem desvirtuar esta representação, é nossa pretensão desviar o foco de análise para a experiência da impotência e sua relação com a acção. Partindo do conceito rancièriano de sensível partilhado, ensaiaremos pensar sobre o complexo processo de captação de imagem e sua conversão em representação. Algo acontece no encadeamento de imagens que actualiza a própria imagem e transforma um acontecimento sensível num Outro. Da experiência da textura do sensível de um Outro acontecimento ao poder individual de associação e dissociação face à imagem que se impõe, tentaremos pensar sobre a possibilidade de cada um, enquanto espectador, desarticular o real e, consequentemente, de se emancipar.
Contudo, dada a complexidade do assunto, e sendo resultante de uma primeira aproximação, parte do que se exporá terá um cunho meramente provisório e “ensaístico”.
Maria José Barbosa
Doutoranda em Filosofia na Faculdade de Letras da UP.
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