segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

procura crítica

“Como qualquer procura autêntica, a procura crítica consiste, não em reencontrar o objecto procurado,mas em assegurar as condições da sua inacessibilidade.”
Giorgio Agamben, Stanze. Parole et fantasme dans la culture occidentale, Paris, Bourgois, 1981, p. 9.

domingo, 27 de fevereiro de 2011

postura algo messiânica...

Em relação aos que na vida me apunhalaram pelas costas, tentando consciente ou inconscientemente liquidar-me, eu digo:

virarei o brilho das lâminas com que me feristes contra os vossos olhos, e cegar-vos-ei. Assim, eu vos prometo: cegos sereis.

Passarei sobre a vossa campa rasa com as mãos cheias de lâminas brilhantes, espalhando música.... E esta calará até o vosso sussurro ou lembrança.



voj

Pensamento Crítico Contemporâneo: curso



CONTINUO ANSIOSAMENTE, PARA PROGRAMAR A MINHA VIDA DE ABRIL A JUNHO, A TENTAR SABER SE SEMPRE VOU DAR O CURSO DE PENSAMENTO CRÍTICO ESTE ANO (8 SESSÕES) OU NÃO, QUER NA FLUP (CONTACTO: Telef: 226077152 - INSCREVA-SE SFF, CASO TENHA INTERESSE) QUER EM LISBOA OU ARREDORES (SABER A INSTITUIÇÃO DE ACOLHIMENTO).

sábado, 26 de fevereiro de 2011

Joana Ferreira, Porto, 26.2.2011




Na conferência que pronunciou no Centro Unesco, promovida pela ADECAP, Porto

domingo, 13 de fevereiro de 2011

metodologia


procuro
o núcleo íntimo,
bem dentro da intimidade
das minúsculas
coisas

o ponto sensível
em que o mundo
se invagina

e o tecto do universo
arde em fogo ardente
dentro das mais pequenas

cápsulas




texto e foto voj porto fev. 2011

sábado, 12 de fevereiro de 2011

Agamben: como podem tantos historiadores e tantos filósofos e todos os outros passar-lhe ao lado?

Agamben: como podem tantos historiadores e tantos filósofos e todos os outros passar-lhe ao lado?... Etc. (breve nótula)


Correlação estrutural entre jogo e rito, entre diacronia e sincronia; nascimento e morte, crianças e larvas, e o problema da história.

Uma reflexão fundamental de Giorgio Agamben a partir de (e em homenagem a) Claude Lévi-Strauss

no:

Capítulo “O país dos brinquedos. Reflexões sobre a história e sobre o jogo”, do livro “Enfance et Histoire. Destruction de l’ Expérience et Origine de l’ Histoire”, Paris, 1989, 2ª ed. Paris, Poche et Rivages, 2002, pp. 121-158 [edição original italiana de 1978].

ESTE TEXTO E TODO ESTE LIVRO SÃO ABSOLUTAMENTE FULCRAIS.

Como pode continuar tanta gente a pensar que para se poder pensar (filosoficamente) é preciso rever a história da filosofia do início para o fim, como normalmente se faz nos cursos de filosofia, isto é, começando nos pré-socráticos e terminando na actualidade?

Como pode não se ter percebido ainda que o presente, os autores actuais, REFAZEM os autores passados, que se pode ir às arrecudas, que por exemplo Agamben é indispensável para se entender (e reformular) Benjamin, que Lacan é indispensável para se perceber retrospectivamente toda a importância de Freud, que sem Miller e Zizek não se entende patavina de Lacan, e por aí adiante? Que o pensamento grego, latino, medieval só têm interesse se vistos à luz do presente, das nossas questões mais comezinhas que infiltram, impregnam, determinam cada uma das nossas opções, usos, hábitos, pensamentos, sentimentos diários, actos irreflectidos, comandados pelo inconsciente?

Todos pensamos. Todos sentimos. Todos agimos de acordo com o que pensamos.

Mas muitos não sabem o que sabem.

E quase todos não sabem como começar a tentar saber o que já sabem.

Sem a consideração do inconsciente, tal como ele continua a ser problematizado, é IMPOSSÍVEL perceber seja o que for.


voj 12.2.2011

Curso em Serralves de Gonçalo M. Tavares

CULTURA E PENSAMENTO CONTEMPORÂNEO, COM GONÇALO M. TAVARES

05 Mar - 07 Mar 2011 - das 15:00 às 19:00 - FUNDAÇÃO DE SERRALVES

Para visualizar o programa integral de CURSOS, WORKSHOPS e ATELIERS clique aqui

Estado/ Individuo e saúde - Textos de Fernando Savater, Ramón Gomez de la Serna, entre outros.

A irracionalidade e a pequena razão, A lógica e o desejo - Textos de Baudelaire, Nietzsche, Séneca, Fernando Pessoa, Clarice Lispector, entre outros.

Corpo e tecnologia versus corpo e natureza - O exemplo de Stelarc: o 3º braço.

Discurso, linguagem; Relação palavras/coisas; Abstracto/concreto; Linguagem privada; Wittgenstein - Textos de Oliver Sacks, Lewis Carroll, Jorge Luís Borges, entre outros.

As artes do corpo - Textos Eugénio Barba (presença, ausência), Artaud (musculatura afectiva), Henri Michaux, entre outros.

Imagens - Textos de Nietzsche, Ionesco, Walt Whitman, Umberto Eco, Oliver Sacks, entre outros.

As relações entre corpo e poder; Poder, conhecimento e corpo. O vigiar e punir - Textos de Foucault, Henri Michaux, e imagens de Marina Abramovic.

O desejo e a multiplicação da identidade - Textos de Roland Barthes, Oliver Sacks, Wittgenstein, entre outros.

Utopias - Análise de alguns textos de poetas chineses. O palácio de projectos utópicos de Kabakov.

Concepção e Orientação: Gonçalo M. Tavares

Horário: 15H00-19H00

Inscrição: 200 €

GONÇALO M. TAVARES

Escritor português, nasceu em 1970. Estão em curso cerca de 160 traduções com edição em trinta e cinco países.

Em Portugal recebeu vários prémios entre os quais o Prémio José Saramago 2005.

Prémios Internacionais: Prémio Portugal Telecom 2007 (Brasil). Prémio Internazionale Trieste 2008 (Itália).

Prémio Belgrado Poesia 2009 (Sérvia).

Prix du Meilleur Livre Étranger 2010 (França) com "Aprender a Rezar na Era da

Técnica"

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Por motivos imprevistos o programa pode estar sujeito a alterações de calendário.

A realização do curso implica a inscrição de um número mínimo de participantes.

A inscrição concede acesso gratuito ao Museu nos dias da actividade.

Atribuição de Certificado de participação (por sessão ou na totalidade).

Só se efectuam reembolsos se a desistência ocorrer com um mínimo de 48 horas de antecedência relativa à data de início do curso.

O reembolso não é imediato. Só após processamento interno é disponibilizado o montante correspondente.

A inscrição só é válida após recepção do comprovativo da transferência bancária.

FICHA TÉCNICA

Coordenação

Helena Taveira

Produção

Manuela Ferreira

Contactos

Tel: 226 156 591

Geral: 226 156 500

Fax: 226 156 533

Email: m.ferreira@serralves.pt

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

"amigos" recentes... do curso de iniciação à fotografia que eu frequentei... aqui a Nádia







estilo



AS COISAS MAIS "VERDADEIRAS" (POSSUIDORAS DE POTÊNCIA) SÃO AS MAIS SINGELAS, AS QUE REFUTAM OS FLOREADOS E AS INTUIÇÕES. PORÉM, ESSA SINGELEZA, ESSA FORÇA, LEVA UMA VIDA A CONSTRUIR.
NÃO É EXPRESSIVA, NADA TEM A VER COM SENTIMENTOS.
ESSA FORÇA É A POTENCIAÇÃO MÁXIMA DE UM ESTILO.

domingo, 6 de fevereiro de 2011

três amigas



Profa Fátima Marinho, Susana Castro, Profa Isabel Pires de Lima, aquando do doutoramento em Letras (literatura portuguesa contemporânea, tese sobre Lobo Antunes) na FLUP ... da do meio!

Porto yesterday, at sunset


photo voj 5.2.2011

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

SEM DEPOIS


SEM DEPOIS


Desce as escadas, passa,


Passo a passo,

Por todas as escalas

Do que chamam sofrimento.


Agarra as folhas mortas

Do chão,

Ouve a sua súplica.


Esperaste sempre, sempre

Pela amada


E quando finalmente

Se aproximou o beijo


Era um punhal tão fino,

Tão fino,

Tão frio, tão lento,


Tão incrivelmente

Determinado, Impiedoso:


A percorrer-te os músculos,

As veias, os tendões, tão lento


Saiste então como expulso

Da tua própria casa


E desceste as escadas

Até ao frio

A frente de azul

Onde as ondas batem

Com toda a força.


E não tinhas medo.


Este é o meu corpo,

Ó mar,


Esta é a minha vida,

A minha biografia.


Aqui estou para ser julgado

Por Ninguém.


Foram as palavras

Que me conduziram

Até aqui,


Inquilino de mim mesmo,

No pequeno apartamento

Na cama estranha


Caminho para as cores,

Para a fusão absoluta

Das Cores.


Branco, branco, o branco

Sob o branco.

E negro, negro, o negro

Sobre o negro.


Neste fundo das escadas

Já não é preciso

Mais descer.


Só dar o salto

Irreversível


Voar

Por cima de todas as escalas


Cortando o ar como

Um anjo pesado


Sem depois.


Sem depois: isso

É o fundamental.






voj porto 2.2.2011