terça-feira, 17 de abril de 2007

About the generalized use of the British language

- English is now the lingua franca used internationally
for practical
reasons in a world of global communications.
In that, it is useful and
inescapable.
- We need to preserve the variety of languages for many reasons, namely cultural diversity and richness. I am myself, besides an archeologist, a poet, expressing in Portuguese, my mother language, the only one that I really dominate correctly.
Portuguese was 2000 years ago the result of the Latin, the language of the
Roman Empire that colonized us. English is now the language of the American Empire, that colonized the world after Europe.
What can we do about it?!
Is there any practical alternative solution?...

12 comentários:

Anónimo disse...

Aqui, como em todos os campos em que se contesta(m) o(s) modelo(s) do império, deve-se começar por assumir que "outro mundo é possível". Que é isso da "alternativa prática"? (Um pouco paradoxal, se pensarmos noutras posições que vem assumindo, não?)

Vitor Oliveira Jorge disse...

Mensagens anónimas, refugiadas sob a face de enunciações rápidas, visam o quê? O diálogo autêntico que quem alimenta um blog desejaria?
Em nome de que autoridade um anónimo interpela seja quem for? O anonimato retira qualquer pertinência à própria questão que formula, porque parece não traduzir uma vontade de diálogo, mas de contestação fácil. Ou estarei enganado, e será um anónimo bem intencionado, construtivo, que me queira ajudar a perceber melhor o que ainda não percebo? É que eu estou sempre aberto a aprender... a ver segundo outro ângulo que ainda não vislumbrei... mas preciso também de ver o rosto do meu interlocutor. Se não, não há uma situação de igual para igual e isto dos blogs torna-se uma fantochada.

Vitor Oliveira Jorge disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Anónimo disse...

Quem tem um blog sujeita-se a ouvir o que não quer, mesmo que não seja totalmente verdade, a ver as suas opiniões, sentimentos e ideias espalhadas na net e vistas por qualquer um, sem qualquer tipo de partilha ou interacção.
O que atrai na net é o anonimato, a possibilidade de nos expressarmos sem limitações.

Anónimo disse...

"de nos expressarmos sem limitações."

Mas não é o anonimato o resultado de limitações? Limitações que nos impedem (ou consideramos impedir) de aparecer com o nosso rosto?
Em suma, não é o anonimato ceder a limitações?
Na realidade, a blogosfera estimula este tipo de comportamento. Mas uma afirmação sem autor referenciável é mais pobre. Nem sequer sabemos com que anónimos falamos: se o mesmo, se vários. Ainda que também cedendo a limitações, é preferível que ao menos arragem "nomes artísticos".

José Manuel disse...

A identidade na net é difeente do mundo real, onde todos temos um rosto e um nome de que não podemos fugir (salvo as excepções dos BI falsificados e das operações plásticas, acessíveis apenas a uma minoria). Na net nada nos garante que o nome que usamos seja o verdadeiro ou que o nome daquela pessoa que conhecemos não esteja a ser utilizado por outrem. Um anónimo não o é menos se assinar como "Càtia Vanessa" ou "José Santos Dias". Claro que faz jeito podermos distinguir o anónimo A do anónimo B.

Mas com estas dissertações já nos deviamos do verdadeiro assunto

Anónimo disse...

Devemos, pois, ficar na dúvida se foi o José Manuel que escreveu o último comentário?
Quanto a mim, reafirmo que eu sou eu (e podem contactar-me para comprovar) e mantenho que o anonimato é uma cedência (poderia chamar-lhe outra coisa no actual contexto, que é diferente, por exemplo, de uma resistência à ocupação Nazi ou a outros regimes de partido único).
Já quanto ao desvio do assunto, bom, essa parece-me uma virtude da blogosfera.

Anónimo disse...

Parece-me que as palavras valerão sempre por si próprias, independentemente da identidade do seu autor. Não a descurando, todavia: haverá quem leia a sua página por exclusivo interesse pelo que escreve; quem o leia por ser VOJ; e certamente pela conjugação de ambas. Todas são legítimas, todavia. E é precisamente a admissão da alteridade que consubstancia a internet, como bem sugeriu o leitor J. Manuel. Embora admita que seja um problema a indistinção dos "anónimos" não consigo entender porque poderão ser as suas palavras mais pobres. Em boa verdade, tentarmos definir aqui o que pode ser "identidade" obriga-nos a esboçar desde logo um grande sorriso! (De agradável estímulo para a discussão, desde logo) Quanto às ordens de motivações que presidem ao comentário anónimo, poderão ser todas. Ou será menos legítimo o sentimento da falta da liberdade na nossa sociedade (que todos sabemos mergulhada nos mais diversos condicionalismos, até para pegar no primeiro comentário), que noutras? Diferente, isso sim, mas não ilegítima. E se fosse tão amplo esse sentimento de liberdade, não poderia o anónimo sê-lo apenas porque gosta da sonoridade da palavra? Por exemplo. É evidente, em todo o caso, que nos devemos saber respeitar. E o comentário anónimo não é necessariamente a denúncia, nem ofensa, nem o convite ao conflito gratuito.

Anónimo disse...

Mas em qualquer caso, o gestor da página tem sempre uma ferramenta radical, que é o controlo dos próprios comentários (que podem ir da permissividade total à sua inexistência). E merecerá todo o respeito pelas suas escolhas!

Anónimo disse...

Voltando ao início, se não perderam já todos algum ânimo, o que eu queria dizer (em linhas muito simples), é que todas as línguas pertencem aos contextos económicos e sociais em que são utilizadas. Reagir à correspondência generalizada do inglês com o capitalismo global, no caso específico da Arqueologia, pode passar por assumir que a língua materna (ou outras, com um grau de generalização diverso) é a chave fundamental para a activação e construção de vivências alternativas. Em particular porque corresponde ao contexto social em que o próprio cientista trabalha e se movimenta. Dir-me-ão que até a fina-flor das escolas anarquistas contemporâneas comunicam em inglês. Mas não se trata meramente do uso da ferramenta, sempre impregnada, mas do uso que se lhe quer dar, e em particular na sua correlação com as prioridades sociais do protagonista. Escrever em inglês só porque é costume e inevitável é, na prática, assumir a circularidade dos argumentos do capitalismo global como único sistema possível.

(Entretanto, e por lapso anterior: Ass: Anónimo A, do primeiro e dos dois últimos comentários)

Vitor Oliveira Jorge disse...

Estou admirado com a quantidade de comentários sobre comentários que esta pobre mensagem produziu...tudo bem!
Por mim, julguei que alguém ia fazer um comentário à miúda gira à brava da postagem anterior, mas enfim... também é anónima, é certo!
Atenção: a mensagem que removi era repetida da minha publicada - erro técnico.
Aproveito para enviar um abraço ao António Valera e outro ao Zé Manuel.

José Manuel disse...

"Devemos, pois, ficar na dúvida se foi o José Manuel que escreveu o último comentário?"

Deixo isso à imaginação de cada um :-)

Voltando ao assunto do post, penso que é importante termos em conta o contexto em que comunicamos. Numa comunicação dirigida a uma vasta audiência multi-linguística é normal utilizar um idioma que seja compreendido por todos (que pode ser o inglês ou outro). Não esquecer que os arqueólogos do séc. XIX comunicavam muitas vezes entre si em latim.
O que nao me parece aceitável é o que se passa em algumas instituições, particularmente nas ciências naturais, medicina, outras, em que a própria comunicação entre as equipas, formadas por portugueses se faça em ...inglês.

A defesa da nossa língua é muito importante mas passa por outras questões, nomeadamente por evitar que a comunicação quotidiana, os discursos dos media, na publicidade e nos artigos escritos na nossa língua, apareçam recheados de frases e palavras cheias de anglicismos. Ver por exemplo a imprensa económica em que aparecem artigos em português, mas que 1/3 das palavras é em inglês.