sexta-feira, 25 de janeiro de 2008

Some of my favorites - ONLY realities alive!

POP SINGER/AUTHOR: BOB DYLAN
FILM MAKER: DAVID LYNCH
SOCIAL ANTHROPOLOGIST: TIM INGOLD
PORTUGUESE WRITER: MARIA GABRIELA LLANSOL
FILM ACTRESS: NICOLE KINDMAN
PROVOCATIVE THINKER: SLAVOJ ZIZEK
"ETHNIC" MUSICIAN: ALBERTO MARSICANO
POP GUITAR PLAYER/SONG AUTHOR: MARK KNOPFLER
ARCHAEOLOGIST: STILL SEARCHING
MUSICIAN: ARVO PART
PHILOSOPHER:
STILL SEARCHING
CITY TO LIVE AND WORK: PARIS
CITY TO VISIT OFTEN: LONDON
BEAUTIFUL PLACE: VENICE
PORTUGUESE PAINTER: STILL SEARCHING, BUT PROBABLY MANUEL AMADO
PORTUGUESE POET: PROBABLY ANTÓNIO RAMOS ROSA
PORTUGUESE INNOVATIVE YOUNG AUTHOR: PROBABLY GONÇALO M. TAVARES
PORTUGUESE LANDSCAPE: HIGH DOURO
CLASSIC MUSIC GROUP: LA CHAPELLE RHÉNANE
CLASSIC MUSIC SINGER: CECILIA BARTOLI
MUSICAL INSTRUMENT: CELLO
RITUAL PLACE TO VISIT REGULARLY: PLAZA MAYOR, SALAMANCA, SPAIN
PLACE TO STAY AND WORK: MY HOME (I CAN NOT AFFORD TO LIVE IN PARIS, NEAR VERSAILLES DE PRÉFÉRENCE)
ARCHAEOLOGICAL SITE TO THINK AND SEARCH: CASTANHEIRO DO VENTO, VILA NOVA DE FOZ CÔA, PORTUGAL
BEST FRIEND: STILL SEARCHING
COMPANION: SUSANA OLIVEIRA JORGE
OCCUPATION: READING
CONSUMER'S VICE: BOOKS
SUPREME PLEASURE: NO PHONE CALLS, ESPECIALLY THOSE FROM PEOPLE/COMPANIES ASKING ME TO WASTE TIME AND/OR MONEY IN FUTILE ACTIVITIES
SUPREME LUXURY: ALL THE TIME OF THE WORLD FREE TO USE AS I PREFER
NEXT SURPRISE: MY BOOKS IN PREPARATION (IF I WILL NOT DIE BEFORE)
RESIDENT GHEST: MY CAT "PRETA"
PORTO'S OASIS: SERRALVES
HAPPIEST PLACE IN PORTUGAL: PORTO'S AIRPORT AFTER CHECK-IN, THE FASTER ISSUE OUT
PORTUGAL AT ITS BEST: SEEN FROM THE AIR, SUNNY LANDSCAPE ABOVE THE CLOUDS, AND WITH NO MORE LOCAL NEWSPAPERS AVAILABLE ON BOARD
MYTHICAL WOMAN: STILL SEARCHING, BUT WITHOUT ANY KIND OF ILLUSION - HOPELESS (BUT PRECISELY BECAUSE OF THAT, STILL WAITING AFTER ALL THESE YEARS...)
OBSESSION: WATCHING IMAGES, TRYING TO UNDERSTAND THROUGH WORDS THEIR STRANGE WAY OF LOOKING AT ME
ATTITUDE: WAITING FOR GOOD NEWS
MYTHICAL HOPE, EXTREME NEED: TO LIVE IN A COUNTRY WHERE PEOPLE DO NOT SPEAK OF THE LACK OF MONEY AND MEANS, AT LEAST FOR A DAY - ENOUGH OF MISERY. ENOUGH OF DEPRESSION AND FRUSTRATION !
AMBITION: TO BE A PROFESSOR OF THE COLLÈGE DE FRANCE, PARIS

8 comentários:

Anónimo disse...

"Escolhas difíceis" - quase todas já se foram... ficou a obra

Uma das melhores interpretes de música não clássica: Aretha Franklin ; "Ain't no way"
Realizador: Stanley Kubrick ; que escolha difícil mas talvez "Barry Lyndon"
Um dos melhores romancistas estrangeiros: Alberto Moravia; "O desprezo"
Escritor Português: António Lobo Antunes; "A explicação dos pássaros"
Actor: Robert de Niro
Pensador (todos somos): Herrmann Kafka "O castelo"
Música não tão popular: Cancioneiros ibéricos séc XVI e XVII no entanto as músicas do séc XII e XII também não são más.
Arqueólogo ao qual retornamos para esquecer logo a seguir: Childe
Filósofo detestável: Nietzsche
Antropólogo: Em estudo.
Pintor: Caravaggio
Pintora: Frida
Paisagem: Qualquer planalto onde corra um vento cortante.
Instrumento musical: piano mas o cravo também não é mau.
Interprete clássica: Cecilia Bartoli
Lugar ritual a visitar sempre que posso: qualquer costa marítima
Local de trabalho preferido: Na horta mais próxima.
Ambição: Chegar ao fim da vida e pensar que consegui tudo o que desejava.

Patrícia Amaro

Anónimo disse...

Franz não Herrmann, Herrmann era o pai.

Patrícia Amaro

Vitor Oliveira Jorge disse...

Coincido em quase tudo (afinal estas listas são uma convenção redutora levada ao máximo), excepto no desprezo por Nietzsche (sem ele muito do que se ensou a seguir era impossível) e na questão da horta, porque não sei fazer. O trabalho de jardineiro (afinidades com a horta) ainda no séc. XVIII era colocado ao nível do pintor, como se jardinar fosse pintar a paisagem (o que de certo modo hoje a land-art recuperou...). Gostava de a conhecer.

Anónimo disse...

Eu sei que a modernidade deve a Nietzsche, todos nós. No entanto acho que ele não acreditava no humano e isso incomoda-me. Não é único e obviamente toda a sua perspectiva pode e deve ser uma encenação. Mas essa encenação transporta em si uma desilusão em relação ao Homem que se transmite ao leitor e por isso se torna em realidade ainda que possa ser uma ilusão.
Nenhum autor é preto ou branco mas aquilo que ele transmite pode ser mais concreto ou menos concreto na sua definição. E Nietzsche estava no concreto, no cortante, no limite (dentro da sua hora, sendo que mais tarde há simplesmente outros limites).

Patrícia Amaro

Vitor Oliveira Jorge disse...

O que é o humano? Ainda ninguém foi capaz de me explicar, nem de encontrar as suas fronteiras, embora desde há séculos que a nossa cultura "naturalista" no dizer de Descola anda a definir isso... na Amazónia, na Austrália, em muitos outros pontos do planeta não se pensava (pensa) o humano como nós... o humanismo morreu, certo?
A sua frase final é um pouco obscura para mim...

Anónimo disse...

o Homem ? o Homem è o UNI-VERSO ...

Anónimo disse...

Acho que o que quero dizer com Nietzsche estar no limite é que cada grande pensador, artista, cientista quando realiza uma obra que se transcende quer dizer que está como que à beira de um abismo. naquele momento já não dá para avançar mais, ele chegou ali, onde ainda ninguém tinha chegado e não pode ou não consegue avançar mais. mas esse limite, esse abismo não é real e com o tempo ele estica, exactamente porque o Homem constantemente chega ao limite. Só que o pensador chegou ali, e pro uma eventualidade da vida faleceu, ou porque simplesmente não consegue avançar mais, outros virão em que o seu abismo é um pouco mais à frente. Com isto não está subjacente nenhuma ideia evolutiva, de que conseguimos sempre melhor e que estamos a caminhar para a perfeição... Eu considero sim que há pessoas que num dado momento chegaram ao máximo da sua capacidade que é ao mesmo tempo o máximo da capacidade da sociedade nesse momento. Pode esse momento ser considerado uma obra-prima. Um artista realiza uma obra-prima num dado momento e não quer dizer que as suas obras seguintes sejam consideradas como tal, independentemente de podermos discutir esta avaliação por parte da sociedade.

Fui mais clara? Não tenho a certeza.

Patrícia Amaro

Vitor Oliveira Jorge disse...

Acho que foi mais clara, mas apesar da minha ignorância sei que essa questão dos limites é muito complexa, como todas, afinal. Em larga medida o juízo sobre o que uma pessoa fez exige tempo, é sempre a posteriori, como a felicidade. Também sabemos que o próprio tempo (no sentido da memória) é manipulável e que cada história visa sempre "provar" algo que já se queria provar antes... é em grande medida tautológica,como muito do nosso pensamento. Tudo isto são problemas filosóficos que não domino...
Um artista mostra-se em geral insatisfeito com a obra feita, por isso faz outra. Compulsivamente. O mesmo com qualquer criador. Em qualquer campo isso acontece... por isso já terei passado por alguns abismos sem reparar, ou poderei nunca ter passado de um monótono planalto... não sei. Não sei o que é a perfeição, nem o máximo de uma sociedade num dado momento. Acredito em pessoas, sabendo que estas não são nada (não chegam a ser sequer pessoas) sem um contexto favorável, propiciador.
Nunca responde aos meus pedidos de contacto, pelo menos por mail, e não neste fórum público. Não tem problema dizer-me que não. Não fico ofendido, já tenho um ego muito calejado. Adoro a violência com que a verdade nos bate na cara (certamente algum masoquismo...)