sexta-feira, 25 de janeiro de 2008

Quoting David Hockney

+ I may seem to be passionately concerned with the 'hows' of representation, how you actually represent rather than 'what' or 'why'. But to me this is inevitable. The 'how' has a great effect on what we see. To say that 'what we see' is more important than 'how we see it' is to think that 'how' has been settled and fixed. When you realize this is not the case, you realize that 'how' often affects 'what' we see.

+ All art is contemporary, if it's alive, and if it's not alive, what's the point of it?

+ Any artist will tell you he's really only interested in the stuff he's doing now. He will, always. It's true, and it should be like that.

+ There comes a point where you see it all as completely empty being a popular artist to the extent that people who are not necessarily interested in art know about things or take some little interest. I think that now for me it's a burden. It's a bit hard to deal with and it wastes time as well.

+ The pictures on the walls aren't like movies. They don't move, they don't talk, and they'll last longer. They will last longer.

+ When you're very young, you suddenly find this marvellous freedom, it's quite exciting, and you're prepared to do anything.


Source: http://www.artquotes.net/masters/hockney_quotes.htm

2 comentários:

Anónimo disse...

Conhece bem o artista?

Conhece este site?
http://www.hockneypictures.com/

Eu não conhecia mas depois de uma breve pesquisa na internet fiquei a conhecer e fiquei agradavelmente surpreendida.
As obras são agradáveis, transpiram cor, luminosidade, tem muita técnica subjacente, são "visuais", quer dizer entende-se o que está representado visualmente ainda que possamos não entender o conceito, a ideia ou sentimentos. Falam de um quotidiano, são nos próximas o que não quer dizer que sejam simples ou simplistas.
O site é excelente para conhecer a obra.

No entanto em relação ao que ele afirma, concordo com o 1º parágrafo mas não concordo com a ansia do presente. Eu penso que entendo a ansia do presente dele, um artista vive o momento, a sua obra é um processo criativo que está a ocorrer agora e o artista não se preocupa com o que já fez mas sim com o que está a fazer. A tendência do artista é separar o presente do passado pois o processo criativo exige que ele contraponha as obras acabadas com as inacabadas e tem tendência a ler as primeiras como passado e as ultimas como presente. Na verdade um artista não é um historiador, não é um investigador social, e portanto a sua obra acabada está num patamar diferente da inacabada que ele nomeia e entende como passado e que tenta todos os dias superar.

Podemos pensar que um investigador quando investiga e escreve tenta todos os dias superar a sua teoria, mas isto não é verdade. Um investigador, acumula, transforma, transfigura e tem consciencia que é isto que ele faz. Um artista pode fazer exactamente o mesmo na sua obra (ela cresce acumulando o conhecimento) no entanto ele acredita que não é uma acumulação mas sim uma superação, porque cada obra é vista como um evento, como única. É claro que eu não conheço o artista, e este ou outros, podem ter consciência de que a obra é um todo, é um continuo mas o estudo dos artistas revela profundas crenças numa história constituida de eventos da qual as suas obras fazem parte.

Gostei imenso.

Patrícia Amaro

Vitor Oliveira Jorge disse...

Gosto muito dele, senão não punha aqui. É um génio. Vou ver o site, há livros inteiros escritos sobre este senhor.
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cito de si: entende-se o que está representado visualmente ainda que possamos não entender o conceito, a ideia ou sentimentos.
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Penso que a arte se apresenta a si própria, não representa nada.
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Um artista destes sabe bem mais que 1 milhão de investigadores. A arte é a forma superior de conhecimento.Refiro-me à grande arte, e considero os grandes filósofos e os grandes cientistas ao mesmo nível dos grandes artistas. São seres que planam acima da vulgaridade das aplicações, pelo menos na sua obra. Eu valorizo muito a obra, para mim uma pessoa ºe o que faz. Ficou-me isso do existencialismo. A maior parte dos investigadores raramente atinge a beleza excelente da grande arte. Há também aqui um aspecto fundamental que é o da comunicação: a arte fala por si, tem uma violência de paixão que a ciência e o conceito às vezes esterilizam. Por isso gosto do filósofo-poeta que é Nietzsche. Todo o grande pensador é um exaltado, como o personagem do primeiro filme do Lynch: um homem (ou mulher) com os cabelos em pé. Sei que isto pode parecer um bocado kitsch, hoje que se produra nivelar tudo. É contra essa ideia que toda a minha actividade se exerce: violentamente "bater" (com a arte) na vulgaridade. Não sei se consigo. Acabo de escrever um texto que postei e estou a ouvir cânticos sagrados indianos, de modo que posso estar um pouco como se tivesse bebido uns copos.
Envie-me algo que me permita ancorar um texto: gosto do que leio de si. Uma foto para o meu mail. Pode ser de tipo passe, desde que revele algo da sua expressão, daquela em que se revê. Se faz favor. O artesão agradece.