terça-feira, 22 de janeiro de 2008

Eurau 2008, Madrid: algumas imagens das sessões


Mesa de encerramento, vendo-se, entre outras pessoas (Farid Ameziane, Juan Miguel Hernández León), o Vice-Reitor da Universidade Técnica de Madrid a presidir (Joaquín Ibañez - ao centro), e, a seguir, a responsável pelo próximo EURAU 2010 em Nápoles (Prof.ª Roberta Amirante, da respectiva Universidade), bem com o Embaixador da Itália em Espanha.

A presença de personalidades ao mais alto nível mostrou a importância que os países dão hoje a eventos como este. Não é a fazer só contas que se desenvolve seja o que for, é também e a montante a mostrar publicamente a importância decisiva, económica, da cultura, como factor de desenvolvimento e de optimismo sem o qual não se avança com nenhum projecto grandioso! E esse clima vive-se em Espanha! É um país vibrante (veja-se a propósito a esbelteza da fotógrafa, um dos elementos do secretariado, todo ele constituído por pessoas... simpatiquíssimas). Outro mundo. Isto é objectivo, não é a velha tendência para enaltecer tudo o que é estrangeiro.



Dominique Perrault e Luis Fernández Galiano (Univ. de Madrid)


Juan Miguel Hernández León (Univ. Madrid - Presidente do Congresso), Peter Eisenman, Luis Fernández Galiano (Univ. de Madrid)

Carl Steinitz - Universidade de Harvard.

2 comentários:

José Manuel disse...

Cá em Portugal isso não acontece porque há por aí um individuo que se julga a reencarnação do Marquês de Pombal (ou pior) e que acha qe o palco é só para ele. Gosta de aparecer sózinho no palco e monologar sem contraditório.

Só que ainda não percebu que já caiu no descrédito e fia a falar para o vazio.

Em Portugal aquilo a que se chama "personalidades ao mais alto nível" apenas vai a estes eventos para se mostrarem.

Vitor Oliveira Jorge disse...

Para mim o problema não é de indivíduos, claro. Procuro evitar a paranóia que decerto pode acometer qualquer um se estiver demasiado consciente do mundo em que vivemos, todo o tempo. Não há pachorra, esgotou-se há séculos. Então refugio-me na minha "cabina" porque não suporto, é impossível, podia morrer se estivesse um pouco mais atento. A realidade é brutal. Há desvairados por todo o lado, a ver a sua oportunidade, como em todas as épocas de crise. Leio, escrevo, ouço música, vou a certos centros bons quando posso, tento de facto não enlouquecer mantendo um pouco de bom senso e procurando o equilíbrio dentro do que parece ser a loucura (quase) geral.
Mas nesse aspecto culpar este ou aquele seria redutor: o nosso país sofreu várias décadas de ditadura (como foi possível?) e guerra colonial estúpida, e agora quer-se modernizar à pressa, com uma série de tipos frenéticos para trepar a todo o custo, mas que são infelizes. Estão bem vestidos e esbracejam, mas não têm projecto para a comunidade, só para si e para os seus, se tanto.
Entretanto ainda há uns nostálgicos das antigas formas de contestação, não percebendo que estão a actuar no palco do sistema como palaços deste, e há uma série de espertos a enriquecer à custa de todos nós. Não é uma vergonha, isso já foi. É inqualificável, é um desespero. Vou ouvir uma raga indiana, apesar de nada ter de oriental...para ver se consigo dormir em paz. Silêncio, bom senso, humanidade, um pouco de carinho. Pour un peu de tendresse je vendrait...ma vieillesse.