segunda-feira, 20 de agosto de 2007

Cartas (ilustradas) do Japão - V

Agradeço à minha amiga Daniela Kato este contributo:

"Apesar de gostar muito da luminosidade dos nossos fins de tarde, gosto ainda mais da luminosidade das manhãs aqui. Amanhece muito cedo, por volta das 5.00, e como as casas não têm persianas, a luz entra pela casa a essa hora. Quando tenho tempo, saio de bicicleta antes das 8 e passeio pelo meio dos arrozais e pomares de pessegueiros que abundam nesta zona. É uma experiência indescritível, de tão bela - o canto dos pássaros e das cigarras, os riachos que correm um pouco por todo o lado, o verde dos arrozais, a neblina pairando nas montanhas à volta... Por vezes subo a um monte onde existe um pequeno templo budista e converso com o monge, que sabe imenso de árvores e flores..

Também sou grande apreciadora dos jardins. Ao contrário dos nossos jardins ultra-domesticados, os jardins nipónicos mantêm um equilíbrio mais interessante entre o caos e a ordem presentes na natureza. Como as casas tradicionais não têm muitas vezes portões ou muros à volta, fica-se com a sensação de que os jardins são uma espécie de prolongamento da floresta, que entra de forma benevolente pela casa e é subtilmente mantida sob controlo apenas para não crescer demasiado...

Aqui vão mais algumas fotos - da neblina, do verde dos arrozais e do jardim de um ryôkan."













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