domingo, 29 de novembro de 2009

agonia



A relação da arte com a religião (no sentido mais amplo, ou seja, de uma relação com o distante) tem sido, em todos os tempos, estreita.

Por que será que os maiores autores, por muito "ateus" que fossem ou sejam, se cruzam sempre com esse limite de horizonte?
Essas obras deixam-nos sempre exaustos de tanta beleza, de sublime. É por demais, é um sofrimento, como um orgasmo arrastado e exaustivo.
Modestamente (é bom dizer assim) é o que procuro na minha pobre poesia. Esse êxtase, tão pouco à moda, onde se cruzem as mais directas e brutalmente expostas formas de transcendência: a agonia do amor e da morte.


1 comentário:

Blogat disse...

MARAVILHOSA FOTO!Sutil e sublime,de uma leveza que ao primeiro olhar não aparece,assim como o que transcende em nós no êxtase religioso.muito bom!