quinta-feira, 22 de outubro de 2009

herança de um "passado puro"

" A herança de um passado puro - crer no seu passado fantasmaticamente partilhado - é um fantasma necessário, inevitável, fundador de uma soberania plena e inteira e de um direito absolutizável: tal é a questão que põe o cinema da nação. Este fantasma necessário e inevitável, soube-o o cinema americano simultaneamente "satisfazer" e desviar ou inverter com a mitologia da conquista do Oeste, apagando evidentemente a história, apagando o massacre do Índios, à qual tantas crianças bem como adultos do mundo inteiro se identificaram. O poder americano, tanto a sua moeda como o seu exército, é a forças das imagens hollywoodescas, é a capacidade de produzir símbolos novos, modelos de vida e programas para o domínio de programas a nível mundial (...)"


Bernard Stiegler
La Technique et le Temps.3. Le Temps du Cinéma et la Question du Mal-être
Paris, Galilée, 2001, p. 164

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