tag:blogger.com,1999:blog-7072141940444623665.post1465401215240571929..comments2023-10-07T09:07:34.077+01:00Comments on Trans-Ferir: Escavações em Foz Côa (Castanheiro do Vento, Horta do Douro; base logística da maior parte da equipa: Freixo de Numão)Vitor Oliveira Jorgehttp://www.blogger.com/profile/18056689025291036009noreply@blogger.comBlogger5125tag:blogger.com,1999:blog-7072141940444623665.post-292651052827229582009-08-09T15:47:04.074+01:002009-08-09T15:47:04.074+01:00Quanto ao teu conceito de ciência...que eu partilh...Quanto ao teu conceito de ciência...que eu partilho....não é nada pacífico entre os arqueólogos em geral. É só ler a forte discussâo na COMPLUTUM nº 20 entre auto-designados "processuais" e "pós-processuais"... uma bela peça de troca de gallardetes. Útil ler! Para ter uma ideia do que pensam alguns dos arqueólogos espanhóis contemporâneos sobre ciência, verdade, objectividade, arqueologia, passado!Anonymousnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-7072141940444623665.post-53227982594911882652009-08-09T13:54:46.852+01:002009-08-09T13:54:46.852+01:00Não busco senão construir uma metodologia e um dis...Não busco senão construir uma metodologia e um discurso abertos ao diálogo e à discussão... não confundir o aspecto telegráfico de um blogue com um artigo científico. O passado é o objecto do arqueólogo, se quisermos. Ora todo o objecto científico é uma criação da ciência, um regime de verdade contingente e não de verdade teológica...O que há que desmistificazr é a teologia da ciência, a sua dogmatização como religião. Na verdade a ciência é um modo de operacionalizar o mundo, que tem a sua história e todas as nossas ideias e interpretação são apenas propostas plausíveis em função de uma certa realidade conhecida e observada. Já sabemos isso tão bem... por que vou, por exemplo, aos TAGs todos os anos, e a outras reuniões que até não têm a ver directamente com a arqueologia? Para apurar esse sentido crítico... aqui, no blogue, só "mando bocas"... é o meu recreio, e creio que é um exercício saudável, porque é também um serviço público que presto. Se cada pessoa se esforçasse como eu - passe o auto-elogio - talvez o ambiente (mental e de relacionamento pessoal) fosse outro... gosto de curtir como os outros, mas uma das coisas que curto à brava é ler, pensar, escrever e tentar ver novas vias para avançarmos todos, partilhando-as...Vitor Oliveira Jorgehttps://www.blogger.com/profile/18056689025291036009noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-7072141940444623665.post-2398086018464722742009-08-08T16:23:28.024+01:002009-08-08T16:23:28.024+01:00É por já não ter esse fantasma, o do "passado...É por já não ter esse fantasma, o do "passado acontecido", que eu me questiono sobre a utilidade de buscar padrões de comportamento identitário .Padrões que terão ocorrido lá.... no tal "passado acontecido". Ainda buscas o passado acontecido, mas aparentemente não te dás conta. Existe uma contradição fundamental na tua argumentação. Enquanto este ano escavava em Castanheiro do Vento pensei muito sobre as palavras no discurso arqueológico corrente. E sobre a ideia de verdade. Enquanto decapava o sedimento amarelo duro....no interior da "estrutura" x...ou do "arco" y.....Anonymousnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-7072141940444623665.post-1636973490121743192009-08-08T13:14:32.151+01:002009-08-08T13:14:32.151+01:00Parece haver subjacente à tua crítica, como sempre...Parece haver subjacente à tua crítica, como sempre útil, um fantasma, o fantasma de reconstituirmos o "passado realmente acontecido", o fantasma da verdade insofismável. Essa, é o nada.Claro que o passado é sempre uma construção do presente com conceitos do presente.Não somos Deus, não olhamos fora da história, da nossa contingencialidade. Vamos é descartando narrativas e conceitos que, por serem obviamente mais centradas no que fomos, já não nos servem, hoje. A verdade tem uma história...há que dar aqui um salto epistemológico, crítico, que a maior parte dos arqueólogos, mesmo os mais inteligentes, ainda não deu. Eu n~çao digo que dei, como se fosse um iluminado: mas tento saltar o abismop do lugar-comum. Ora, descrever o passado pelas palavras do passado é uma contradição nos termos, como o conceito de cultura material, por exemplo.Vitor Oliveira Jorgehttps://www.blogger.com/profile/18056689025291036009noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-7072141940444623665.post-62397321441136626382009-08-08T11:17:52.631+01:002009-08-08T11:17:52.631+01:00Este ano faz vinte anos que comecei a escavar em C...Este ano faz vinte anos que comecei a escavar em Castelo Velho e este ano também entrei para a equipa coordenadora de Castanheiro do Vento .Escavei aqui durante o mês de Julho e gostava de expôr algumas reflexões resultantes da minha experiência em campo.Vou pensar.<br /> <br /> Antes...apenas gostava de dizer ao Vítor que afirmar que estes sítios podiam servir para "unir as pessoas através do próprio acto construtivo e de manutenção" ...para além de emergir da nossa concepão moderna ocidental na sua vertente antropológica ( a antropologia ocidental ajuda-nos a construir modelos e narrativas que auto-confirmam as nossas expectativas enquanto modernos ocidentais)...corre o risco de não explicar nada: porque ou é geral...e todas as "construções" em todos os tempos "atam" socialmente as pessoas envolvidas...ou é particular...relativamente a um mundo imerso em outra racionalidade....e "unir", "acto construtivo e de manutenção" são expressões que usamos como expediente para tentar definir acções e intencionalidades que, na singularidade dos sítios que escavamos, são, de facto, indecidíveis. Estamos a projectar novamente na Pré-história um paradigma identitário moderno. Não saímos do mesmo. Falo por mim. Não é por aqui que se reformula o questionário.Anonymousnoreply@blogger.com