sábado, 28 de fevereiro de 2009

Trabalhos de Antropologia e Etnologia


Como se sabe, os “Trabalhos de Antropologia e Etnologia” são uma revista anual que, partindo da antropologia (social ou cultural, como se queira) como matriz, tem, desde há uns bons anos a esta parte, uma linha editorial assumidamente interdisciplinar e, sempre que possível, multidisciplinar.
O objectivo é obviamente o de promover o esbatimento de barreiras entre as várias ciências sociais e, mesmo, entre estas e as “humanidades” em geral, se é que esta palavra tem algum sentido para cobrir tudo quanto se refira ao conhecimento do ser humano e, por conseguinte, também das suas actividades expressivas e estéticas que, habitualmente, designamos “artes”. E isto apesar de estarmos num momento de grande agitação problemática, de “mudança da história” em muitos sentidos, desde que nos inícios do séc. XX as características da modernidade, tal como o séc. XIX as tinha implantado (e com elas as ciências sociais, obviamente) entraram em crise, que hoje se adensa em tantos sentidos que é praticamente impossível fazer o seu balanço.
Todos fomos educados num sistema em árvore, de afunilamento progressivo no sentido da especialização. Saber fazer alguma coisa bem, ou saber algo bem, era ter um “emprego”/”ocupação” assegurados. E portanto ocupar um nicho próprio numa economia de identidades estáveis. Essa época é hoje passado. Mas nesta espécie de confusão em que nos encontramos, novas linhas e ambientes de informação, de intercâmbio, de cruzamentos, de problemáticas totalmente inéditas na história se nos deparam, e nos desafiam. As tecnologias, sabemo-lo bem, não são meios novos para difundir conteúdos minimamente estáveis, domínios científicos com objecto próprio, incluído dentro de muros disciplinares. Elas criam realidades jamais vividas antes por outros seres humanos que até certo ponto assimilamos a nós, e que queremos conhecer, para nos conhecermos, para nos orientarmos nesta turbulência, típica do capitalismo tardio, sistema que saltou por cima das barreiras de controlo dos Estados e mesmo do embrionário “direito internacional” para nos colocar numa situação de espanto quotidiano.
As “sociedades científicas” como a que publica esta revista - Sociedade Portuguesa de Antropologia e Etnologia - faziam mais sentido no séc. XIX ou nos começos do séc. XX do que hoje, onde as formas de encontro e de divulgação do que se pensa e investiga são já completamente distintas. Mas, é possível renovar “por dentro” o antigo, um pouco à semelhança da arquitectura, em que (ao contrário do que tanto se faz em Portugal), a ambiência dos sítios se mantém, modernizando-se as suas “funcionalidades”. Isso é desejável. E é nesse diálogo, que julgamos fecundo, porque recolhe, transforma, e dinamiza uma herança, em sentidos múltiplos, que se pode gerir um património, não deixar morrer espaços que, se forem reactivados, ainda continuam a ter uma missão, se bem que modesta, a cumprir.

Está em preparação o vol. 49 (2009) dos TAE.



Ter mão em si

Ao longo de toda uma vida, por uma razão ou por outra, qualquer um se foi apercebendo da duplicidade (melhor diria, de multiplicidade) dos outros.
Ninguém é santo. Cada um faz o seu jogo neste jogo do mundo.
Mas há várias maneiras de jogar, umas mais sérias, outras menos, umas mais respeitadoras de regras, outras menos, umas mais ingénuas e outras mais pérfidas.
Todos nós sabemos disso.
Quantas vezes vim a saber que pessoas em que totalmente confiei andavam pelas costas a dizer mal de mim. Pessoas a quem ajudei! Mas a quem não aconteceu isto?...
Quantas vezes vim a perceber que pessoas que estavam dependentes de mim para as tarefas que tinham a executar de facto pensavam que me controlavam totalmente.
Que maravilha o espectáculo do mundo.
Com que "cambada" de mentirosos e de farsantes cada um de nós tem muitas vezes de lidar, não é?
E muitos dos que o não são, ou que fazem que o não são, é porque ainda não tiraram de nós tudo aquilo que desejam ou desejariam.
Significa isto que menosprezo toda a gente, de um ponto de vista moral? Que estou desencantado? Que me coloco numa posição superior, a ver passar as tropas, como um intocável?
Não. Cada uma das pessoas que me lê sabe a que me refiro.
Não podemos confiar em ninguém, nem naquelas pessoas a quem melhor fazemos... e sobretudo talvez mesmo sejam esses os que (com algumas, raríssimas excepções) nos darão, ou tentarão dar, a maior estocada. Ou vivem pelo menos nessa esperança, engendrando maquinações.
Parece que a existência de certas pessoas lhes causa engulhos.
Estejam tranquilos, calma, que eu também morrerei um dia.


About the JOURNAL OF IBERIAN ARCHAEOLOGY

JIA’s editorial line


When in 1997 we had the idea of creating the association ADECAP, in order to organize the III Congress of Iberian Archaeology (UTAD, 1999), we also immediately thought of having a journal in English dedicated to spread all over the world what was happening in the archaeology of the Iberian peninsula.
Thus JIA (Journal of Iberian Archaeology) was born, and in 1998 it launched its experimental first issue, the 0 one!
The idea of JIA was not only to make a periodic publication containing information about the archaeology of Iberia. Moreover, it was also intended to launch to the world what were the main issues and debates occurring in this parcel of Europe, including theoretical contributions to the general discussion of the status of archaeology, its role in the world today, its interdisciplinary connections, etc.
Up to this moment we have tried our best to accomplish that task. Volumes 0 to 7 and 11 have included papers that authors sent to us, about diverse issues… and we hope in next volumes to continue that editorial line.
Volumes 8 (2006) and 9/10 (2006/2007) were special issues, dedicated to the publication of the proceedings of two sessions organized in the TAG conferences in the UK respectively in 2005 and 2006. All these volumes are available at Portico Librerías, Zaragoza, and people and institutions associated to ADECAP receive them by mail. We do not make exchange because of a question of space. ADECAP functions in an office that I have rented with my wife and colleague a long ago in Porto to have room enough to research in this field of archaeology, due to the fact that unfortunately we do not have the minimum of conditions elsewhere.
We welcome papers that search for un equilibrium of theory and practice, that in fact dissolve that illusionary barrier. Every description presupposes a theory and every theory implies a practice, unless it is completely nonsense.
Using he English language as a vehicle is crucial today. I have published hundreds of papers that make an impressive list at first sight, but only for Portuguese speaking people that may have some sense… for the rest (i.e. for the most part of my colleagues in the world), they are written in a sort of undecipherable language, in spite of the fact that, in literary terms, Portuguese is a great creative language. However, in he field of “scientific communication”, Portuguese is useless today. It is a waste of time to publish in my own language. In the global world, together with the conservation of our own “identity”, of course, we need to be polyglot people, or else we turn into a kind of solipsists.
The point for each one of us today is: we know that we are not able to establish relationships (be them work relations or of any other kind) with a crowd: we need to chose. Traditionally, our choice was made in the vicinity: neighbours, college colleagues, family relationships, etc. We were framed by these conditions of proximity. Today the entire world (at least, the world that have access to global communication) is the place where each one of us may pick here and there the subjects and the persons that really have something in common. And that is a completely new atmosphere that is still in its beginnings.
For instance, I know that probably in the planet there are some 20 people or so that not only share my main interests, but also are able to establish a durable relationship with me in terms of exchange of ideas, of experiences, even of sharing a complicity, a friendship. But who are they, where are they, and how shall I pick them at all? That is the main question of a communicative world today.
That is why we persist, indeed I do persist, with this effort of publishing JIA. Welcome on board.

Vol. 12 (2009) of JIA is in preparation.

BEBE SIEMPRE ME QUEDERA



Fonte: http://www.youtube.com/watch?v=rRuwd4dn4dw

Sarabande - Haendel



George Frideric Handel (Friday, 23 February 1685 -- Saturday, 14 April 1759) was a German-born Baroque composer who is famous for his operas, oratorios and concerti grossi. Born as Georg Friedrich Händel (IPA: [ˈhɛndəl]) in Halle, he spent most of his adult life in England, becoming a subject of the British crown on 22 January 1727.[1] His most famous works are Messiah, an oratorio set to texts from the King James Bible; Water Music; and Music for the Royal Fireworks. Strongly influenced by the techniques of the great composers of the Italian Baroque and the English composer Henry Purcell, his music was known to many significant composers who came after him, including Haydn, Mozart, and Beethoven.

Source: http://www.youtube.com/watch?v=RXwMrNi97pM

frigorífico


Foto: Frank Herholdt
Site: http://www.frankherholdt.com/html/personal_detail2.php?id=160&gallery=Personal
Agradeço a este fotógrafo a autorização para reproduzir os seus trabalhos
Texto: voj porto 2009 fev.

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Detesto esta mania do amor
Que há uns séculos se apoderou
Da Civilização Ocidental.

Uma pessoa levanta-se
A meio da noite, e encontra
O frigorífico aberto; e uma fulana
A espreitar lá para dentro: un point, c’ est tout.

É esse efeito de luz. Está todo
Dentro de uma fotografia, maneira inversa
De contar uma história.

Porque dela, imagem, irradiam em todos os sentidos
Todas as histórias possíveis, todas as in-decências
Com que se fabrica a arte, os excessos
Que ai estão contidos, alinhados
Nas prateleiras de um frigorífico aberto

Com uma fulana a olhar lá para dentro
E a tentar ver através do sono interrompido
Das pantufas, do filtro das rendas
Das calcinhas e do soutien, o objecto
Que há-de trincar a seguir.

Estranhos peixes circulam
Nos mares azuis da noite, entre o quarto
E a cozinha; e de vez em quando
Um desses grandes seres embalsamados
Limita-se a abrir a boca e a engolir
O que nem chegou a procurar.

É desse tipo de amor que procuro.
É com essa surpresa que me comovo.
Uma gaja completamente desconhecida aparece
E olha para dentro do frigorífico
A ver se tenho alguma coisa que se coma.

É aqui que está a emoção, a verdadeira
Eletri-cidade das (grandes, pequenas) coisas.

Un point, c’ est tout. Uma porra para tanta
Sentimentalidade que nos afoga, ocidentais,
Há séculos a esta parte.

A Revolução começa nos joelhos juntos
Em frente ao sacrário frigorifico,
O Pão-Nosso-de-Cada-Dia, a sua luz.



blue jeans

Foto: Frank Herholdt
Site: http://www.frankherholdt.com/html/personal_detail2.php?id=160&gallery=Personal
Agradeço a este fotógrafo a autorização para reproduzir os seus trabalhos
Texto: voj porto 2009 fev.


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Uma mulher despe-se
No único ponto iluminado da noite
Tira os jeans como se estivesse sozinha
E de facto está

Eu sou apenas um olhar
Deste lado escuro da noite
Um olhar invisível para mim mesmo

A mulher despe-se. Tira imensas peças
Que espalha pelas sombras listradas
Da noite. E os pés que pousa estão nus.

De que continente vieram? Eis o que se tornou indiferente.

A mulher não é uma mulher, é A Mulher.
E onde se despe surge uma coluna de luz.
E em volta uma quantidade de eus a olhar.

A sua missão é a de sempre. E é essa repetição milenar
Que dá ao seu gesto toda a magnificência
O seu frenesim de lingerie universal: o evento.

O evento aparece sempre iluminado,
Vindo de outro continente, que pode ser
O corredor ao lado, e acontece sempre espectral.

É um corpo, isto não tem nada a ver
Com o ser humano, com sentimentos, paixões
Ou desejos. Isto é simplesmente um Milagre.

Um milagre por excelência, sem contexto,
Em toda a perversidade da sua Iluminação.
Isto é Espectáculo, algo sério, mesmo.

É a metafísica de um Corpo-Que-Se-Despe
Marcando as etapas da luz, as suas reverberações,
O impacte da suprema Revelação.

A mulher despe-se para um olhar
Que sabe não existir: que sabe ser um olhar cego,
Totalmente ofuscado pelo cinzento das pupilas.

E essa noite que vai nos olhos do observador
Essa névoa negra que percorre os meus olhos
É o que ilumina a mulher toda, dos tornozelos
Às nádegas,

É a corrente eléctrica que lhe torneia
Os Ombros, que deixa os jeans cair no chão
Como o Acontecimento por excelência.

A Mulher despe-se desde o início do mundo
Ninguém sabe para quê, nem para quem,
Nem ela própria obviamente: algo compulsivamente

A leva à exposição dos seios, à demonstração
De como é depois de despida, um espectáculo
Que jamais acaba: há sempre um último ornamento
Que resta.

E a mulher é esse Resto, essa luz que sai do resto
E em volta dele faz girar os planetas da noite triste
Dos homens.

A mulher é o único ser que conserva a soberania
Depois de se descalçar;
Exibindo, espalhando em sua volta, todos os odores íntimos,
Faz rodar numa tontura os candeeiros da noite.





sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

Ars Industrialis - Paris - prochaines activités

7 mars 2009 : Critique pharmacologique du mouvement, Conférence de Bernard Stiegler dans le cadre du projet Scanner de David Ayala autour de Guy Debord, Théâtre Gérard Philippe, Saint Denis, à 16h00

11 mars 2009 : Economie générale et pharmacologie - Conférence de Bernard Stiegler dans le cadre du séminaire Trouver de nouvelles armes - Pour une polémologie de l'esprit - Amphi 45B à l'Université de Paris VI - 4 place Jussieu 75005 Paris ( au pied de la Tour 45) - 18h30 - entrée libre
plus d'info : http://www.arsindustrialis.org

12 mars 2009 : Etre adulte : Pour une écologie des générations - Conférence de Bernard Stiegler dans le cadre du programme Emprises de la violence : regards sur la civilisation contemporaine organisé par Echange et Diffusion des savoirs - Hôtel du département des Bouches-du-Rhône, 52 avenue de Saint Just, Marseille 4° - Metro Saint-Just, bus 81
plus d'info : http://culture.scientifique.free.fr/rubrique.php3?id_rubrique=184 ou contact@des-savoirs.org

17 mars 2009 : Economie libidinale et économie politique - les enjeux de la crise contemporaine, Conférence de Bernard Stiegler à l'invitation d'Audiencia - Ecole de Management - 8 route de la Jonelière, 44312 Nantes Cedex 3 - 20h00


28 mars 2009 : Economie du désir et désir en économie 2, Débat avec Frédéric Lordon - CNRS Bureau d'économie théorique et appliquée, André Orléan - CNRS Paris Jourdan Sciences Economiques et Bernard Stiegler - Président d'Ars Industrialis, Théâtre National de la Colline, 14 rue Malte Brun- 75020 Paris - Métro Gambetta, samedi 28 mars 2009, 14 heures - entrée libre

Hoje faz anos a Susana...


PARABÉNS !!!!!!!

A Susana iniciou o curso de História da Faculdade de Letras de Lisboa no ano lectivo de 1970/71, tendo concluído o bacharelato na Universidade de Luanda em 1974 e a licenciatura na Faculdade de Letras da Universidade do Porto em 1976.
Em Novembro de 1986 doutorou-se na Faculdade de Letras da Universidade do Porto, com uma tese na área de Pré-história e Arqueologia, intitulada "Povoados da Pré-história Recente da Região de Chaves Vila Pouca de Aguiar (Trás-os-Montes Ocidental): bases para o conhecimento do III. e II. milénios a. C. no Norte de Portugal"-
Em Março de 1994 prestou provas públicas de agregação em História - Pré-história e Arqueologia, na Faculdade de Letras do Porto. A sua lição, depois publicada na "Revista de História" da mesma Faculdade e ainda inserta num livro, abordou o tema das chamadas "fortificações calcolíticas" da Península Ibérica.
É, desde os inícios de 2004, professora catedrática de nomeação definitiva do Departamento de Ciências e Técnicas do Património da FLUP.

Algumas actividades científicas

* De 1978 a 1990 realizou investigações no âmbito do projecto do "Campo Arqueológico da Serra da Aboboreira". Este projecto, integrado e prosseguido por outros investigadores, visou compreender o padrão de povoamento, da Pré-história Recente à Idade Média, numa região bem delimitada do distrito do Porto. Nesse contexto dedicou o seu trabalho ao estudo de povoados e de uma necrópole da Idade do Bronze Final naquela área.
* em 1981 iniciou um projecto de investigação individual dedicado ao povoamento durante a Pré-história Recente (III e inícios do II milénios a. C.) na região de Chaves - Vila Pouca de Aguiar . Da execução de uma primeira etapa desse projecto resultou a feitura e publicação da sua tese de doutoramento. Esse trabalho visou definir as principais fases de ocupação dos povoados pré-históricos detectados na região; estabelecer, a nível local, a evolução estilística dos materiais deles provenientes; integrar cronológica e culturalmente, a nível peninsular, o contexto habitacional que os produziu, através do estudo comparado das principais associações de testemunhos arqueológicos. Num segundo momento, visou reconstituir o funcionamento social das comunidades pré-históricas, no quadro das possibilidades oferecidas pelo meio.
* foi responsável, desde 1989 até 2003, por um projecto de investigação arqueológica no sítio de Castelo Velho, em Freixo de Numão, Vila Nova de Foz Côa (salvamento, estudo, restauro e musealização de uma estação, na sua fase inicial por iniciativa do então Instituto Português do Património Cultural, depois pelo IPPAR, actual IGESPAR). Castelo Velho foi aberto ao público para visita em Agosto de 2007.

Algumas outras actividades

É membro do Departamento de Ciências e Técnicas do Património da Faculdade de Letras do Porto, e investigadora do CEAUCP - Centro de Estudos Arqueológicos das Universidades de Coimbra e Porto (FCT).
É membro correspondente do Instituto Arqueológico Alemão, entre muitas outras agremiações a que pertence.
Em 1993 e anos seguintes, representou Portugal numa Comissão de especialistas da Idade do Bronze no âmbito do Conselho da Europa. Em reunião realizada naquele ano em Estrasburgo, propôs a realização em Portugal, em 1995, de um colóquio e de uma exposição no quadro da mesma campanha. Assim, em 1995 foi comissária científica da exposição promovida pelo IPM no Museu Nacional de Arqueologia, intitulada "A Idade do Bronze em Portugal: Discursos de Poder". Concebeu e coordenou o respectivo catálogo, editado pela SEC. Coordenou o Colóquio internacional "Existe uma Idade do Bronze Atlântico?", realizado em Lisboa no CCB, promovido pelo IPPAR sob os auspícios do Conselho da Europa, e cujo volume de Actas, foi entretanto publicado pelo Instituto Português de Arqueologia. Em 1996 e 1997, foi representante de Portugal ao Comité Organizador da XXV Exposição de Arte do Conselho da Europa, sobre a Idade do Bronze neste continente. Essa exposições percorreu várias capitais europeias, e o catálogo, que conta com vários textos da autora, está publicado em diversas línguas.


Publicações

Susana Oliveira Jorge publicou mais de 150 trabalhos científicos, entre livros e artigos, em Portugal e no estrangeiro. Eis alguns:
* Povoados da Pré-história Recente (III. inícios do II. Milénios a. C.) da Região de Chaves -Vila Pouca de Aguiar (Trás-os-Montes Ocidental), Porto, Instituto de Arqueologia da Faculdade de Letras, 1986 (3 vols.)
* O Povoado da Bouça do Frade (Baião) no Quadro do Bronze Final do Norte de Portugal, Porto, GEAP, 1988.
* "Portugal, das Origens à Romanização" (coord. de J. de Alarcão) caps. II a V do vol. I, da Nova História de Portugal, Lisboa, Ed. Presença, 1990, pp. 75-251.
* Incursões na Pré-história (de colab. com V. O. Jorge), Porto, Fundação Eng. António de Almeida, 1991.
* "Colónias, fortificações, lugares monumentalizados. Trajectória das concepções sobre um tema do Calcolítico peninsular", Revista da Faculdade de Letras, II. série, vol. XI, 1994, pp.447-546.
* A Idade do Bronze em Portugal. Discursos de Poder (catálogo de exposição) (coord.), Lisboa, IPM, 1995, pp. 16-20.
* Actas do Colóquio "Existe uma Idade do Bronze Atlântico?", Lisboa, IPA (coordenação).
* Arqueologia. Percursos e Interrogações (de colab. com Vítor Oliveira Jorge), Porto, ADECAP, 1998.
* Domesticar a Terra, Lisboa, Gradiva, 1999.
* O Passado é Redondo, Porto, Edições Afrontamento, 2005.


Estilo de vida e risco de cancro

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

Now...




... I became a twitter.
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Cosmopolitanism

Birkbeck Institute for the Humanities

'The State We're In' - Cosmopolitanism


Cosmopolitanism is presented as the formal ideology of the new world order. In the history of ideas, cosmopolitanism started as the ancient philosophy and ontology of the Cynics and Stoics. The modern cosmopolitanism of Kant was renewed in the twentieth century by Kelsen. Its current phase is represented by the political philosophy of Habermas, Falk, Beck etc. Cosmopolitanism promises the end of wars and the dawn of an age of perpetual peace. But our recent wars and the endless violence of the war on terrorism have drowned the emerging order in force and violence. What is the meaning of contemporary cosmopolitanism as political philosophy, constitutional and institutional design? Can the vernacular cosmopolitanism of cities such as London present an alternative to the grand plans of empire? This debate will address developments in social and political theory, international law and jurisprudence.
Speakers:
Robert Fine, Warwick
Paul Gilroy, LSE
Martti Koskenniemi, Helsinki and Cambridge
Walter Mignolo, Duke University
David Kennedy, Brown and Harvard
Costas Douzinas, Birkbeck
Saturday 7th March 2pm - 5pm Room B33 Birkbeck Main Building

Free - no registration - all welcome


Julia Eisner
Administrator
Birkbeck Institute for the Humanities
Birkbeck, University of London
Malet Street
London WC1E 7HX

T: (0) 20 3073 8363
F: (0) 20 3073 8359
E: j.eisner@bbk.ac.uk

Fear, Horror and Terror

3rd Global Conference
Fear, Horror and Terror


Saturday 19th September - Monday 21st September 2009
Mansfield College, Oxford

Call for Papers

This inter-disciplinary and multi-disciplinary
conference seeks to examine and explore issues
which lie at the interface of fear, horror
and terror. In particular the project is
interested in investigating the various contexts
of fear, horror and terror, and assessing issues
surrounding the artistic, cinematic, literary,
moral, social, (geo)political, philosophical,
psychological and religious significance of them,
both individually and together.

Papers, reports, work-in-progress and workshops
are invited on issues related to any of the
following themes:

1. The Contexts of Fear, Horror and Terror
- creating fear, horror and terror
- the properties of fear, horror and terror
- contexts of fear, horror and terror
- the language of fear, horror and terror
- the meaning of fear, horror and terror
- the significance of fear, horror and terror

2. At the Interface of Fear, Horror and Terror
- the role of fear, horror and terror
- techniques of fear, horror and terror
- marketing fear, horror and terror
- recreational fear, horror and terror
- aesthetic fear, horror and terror
- the temperature of fear, horror and terror
- the relation to anxiety, disgust, dread, loathing
- the relation to hope and the future

3. Representations of Fear, Horror and Terror
- fear, horror, terror and the imagination
- fear, horror, terror and pleasure
- fear, horror, terror and art, cinema, theatre
- fear, horror, terror and literature
(including children's stories)
- fear, horror, terror and the other
- fear, horror, terror and technology
- fear, horror, terror, hope and despair
- confronting fear, horror and terror

Papers will be accepted which deal with related
areas and themes. Pre-formed panel proposals are
also encouraged.

The 2009 meeting of Fear, Horror and Terror will
run alongside our new project on Villains and
Villainy and we anticipate holding sessions in
common between the two projects. We welcome any
papers considering the problems or addressing
issues of Fear, Horror, Terror, Villains and
Villainy for joint project sessions.

Papers will be considered on any related theme.
300 word abstracts should be submitted by Friday
17th April 2009. If an abstract is accepted for
the conference, a full draft paper should be
submitted by Friday 7th August 2009.

300 word abstracts should be submitted to the
Organising Chairs; abstracts may be in Word,
WordPerfect, or RTF formats, following this order:
a)author(s), b) affiliation, c) email address, d)
title of abstract, e) body of abstract
E-mails should be entitled: FHT3 Abstract
Submission

Please use plain text (Times Roman 12) and abstain
from using any special formatting, characters or
emphasis (such as bold, italics or
underline). We acknowledge receipt and answer to
all paper proposals submitted. If you do not
receive a reply from us in a week you should
assume we did not receive your proposal; it might
be lost in cyberspace! We suggest, then, to look
for an alternative electronic route or resend.

Organising Chairs

* Michele Huppert
Behavioural Studies,
School of Political and Social Inquiry,
Faculty of Arts,
Monash University, Australia
E-mail: michele.huppert@arts.monash.edu.au

* Sorcha Ni Fhlainn
Hub Leader
School of English, Trinity College,
Dublin, Ireland
E-mail: snf@inter-disciplinary.net

* Rob Fisher
Network Founder and Network Leader,
Inter-Disciplinary.Net,
Freeland, Oxfordshire, United Kingdom
E-mail: fht3@inter-disciplinary.net

The conference is part of the At the Interface
series of research projects. The aim of the
conference is to bring together people from
different areas and interests to share ideas and
explore various discussions which are innovative
and exciting. All papers accepted for and
presented at this conference are eligible for
publication in an ISBN eBook. Selected papers may
be invited to go forward for development into
a themed ISBN hard copy volume.

Please note: Inter-Disciplinary.Net is a
not-for-profit network and we are not in a
position to be able to assist with conference
travel or subsistence.

For further details about the project please visit:
http://www.inter-disciplinary.net/at-the-interface/evil/fear-horror-terror/

For further details about the conference please visit:
http://www.inter-disciplinary.net/at-the-interface/evil/fear-horror-terror/call-for-papers/

Minha colaboração no blogue do JL jornal de Letras, Artes e Ideias




Saíu hoje a primeira "crónica"...

ver em:

http://bloguedeletras.blogspot.com/









CASTANHEIRO DO VENTO 2009


Clique na imagem (poster de Luís António Ferreira)
VENHA ESCAVAR CONNOSCO !!!!!!!
E entretanto visite:
http://www.luisferreira.org


Slavoj Zizek parlant à France Culture

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

Zizek on fantasy and perversion in Lynch's "Blue Velvet"




Source: http://www.youtube.com/watch?v=Ia-28PoK-_I&feature=related

Zizek on feminine sexuality in Bergman's "Persona"



the eminent philosopher analyzes Alma's (Bibi Anderson) monologue about an orgy on the beach in Bergman's "Persona" (1966)

source: http://www.youtube.com/watch?v=MVbVviuOXcg

Alguns pensamentos d' hoje... em resposta a uma colega minha...

Informação

A minha forma de resistir à avassaladora carga de “informação” (que perversão em que transformaram o conhecimento...) é esteticizar tudo, isto é, fruir o mundo como imagem em que se tornou, sem legenda. Como nos museus. Já não leio legendas. Circulo... Senão a pessoa dobra-se toda e não vê a coisa em si... Num trabalho fatigante ao máximo, o do lazer. Se é que a tal coisa existe, pois!


Curso de Pensamento Crítico Contemporâneo, da FLUP (Abril a Junho próximos)

O programa é mesmo abordar oito figuras, uma por cada lição, como forma de reacção contra o cinzentismo escolar, que por ter 61 anos já não tenho pachorra para aturar... Poder-se-ia dizer que assim, em 3 horas só para cada figura que levaria uma vida a estdar, se torna mais fácil, mas todos sabemos que não... De modo que tenho de encontrar não só um fio para cada autor como um fio para os tentar ligar uns aos outros. E nisso fico (sou uma pessoa do discurso oral, apesar de ter escrito que me desunhei, como todos nós) pela seguinte estratégia, com que me tenho dado bem, barroco e improvisador que sou: vou pensando e logo se vê o que sai!
Tenho pena de não ter gravado algumas das minhas intervenções passadas... Acho que seria bem melhor por vezes vermos um bom video do que lermos um texto, que cose tudo em linhas num papel... Mas enfim. Perversão da escrita, que nos cose a algo linear (texto/têxtil) que nada tem a ver com o modo como pensamos... Julgo... A mim as ideias vêm por novelos, configurações, claro que textualizadas pelo longo hábito de escrever e de "falar textos"...
Eu faço tudo por intuição, amadorismo, auto-didactismo: poesia, arqueologia, tudo está para mim ligado e vou por esta floresta à procura de caminhos, levado pelo prazer do que me “pica”, sem querer consciencializar demais. Porque isso mata logo a fulguração: fotografa-a, transforma a vida em arquivo. Um pensamento perto da vida, o oral, talvez, eis a minha nostalgia. Por isso fui para a Pré-história, doce ilusão, a querer encontrar os gestos elementares, quando depois percebi que não há origens nenhumas e a maior perversão da nossa filosofia de “civilizados” foi ter inventado o primitivo, a origem, como parede de balanço para saltarmos para a compreensão de nós próprios. Só que a parede não está lá e o balanço vai para o abismo... Isto já começa a ter a ver com a psicanálise, a história, a antropologia, como sabe...

Há um ilustre amigo meu (Tim Ingold, Univ. de Aberdeen), cujo livro principal é "The Perception of the Environment", mas tem outro também que já se aproxima da "arte abstracta" e que se intitula “Linhas” (Lines). Está nos antípodas da psicanálise, mesmo da psicanálise como inspiração incontornável. De base materialista (o que para mim só lhe fica bem), tem também influências da chamada psicologia ecológica e da fenomenologia... Mas é muito ecléctico, muito próprio. Tem algo de genial, mas acho que há um ponto em que toda a sua démarche obsessiva pelo “back to the basics” o diminui um pouco, na sua ambição de diluir dicotomias de que o nosso pensamento está feito. É que à custa de diluir, fica-se com muito pouco na mão... Só umas linhas abstractas... Onde está ali o pulsar do desejo? Parece recalcado... É isso que quereria evitar, mas sem cair no pólo oposto do delírio “self-indulgent”...

Lacan

Eu encontrei em Zizek a porta (que só entreabri) para ele. Mas Zizek é também um indivíduo muito especial... Querendo fazer a síntese de Hegel com Lacan e com Marx, etc, e depois ligar a uma leitura da cultura de massas, no que de facto é original, cai naquele perigo que ele próprio enuncia, que é o de decifrar tudo tipo prestidigitador (o que julgo que Lacan odiava). Ora, estou também a tentar digeri-lo.
A questão é: todos estes grandes vultos são incontornáveis. São como grandes intérpretes de música. Mas o facto de os admirar não obriga a que os ame ou a que me cole a eles...ora, quando se é ignorante como eu, há uma vontade tremenda de encontrar um fio à meada, e normalmente isso é muito redutor... Ou seja, quatro décadas de estudo não chega para nada, nem para ser arqueólogo, sobretudo nesta periferia em que jazemos... Eu precisava de viver entre Paris e Londres, e não ir lá de vez em quando apenas. Estar ali, seguir aqueles cursos, beber aquele ar. Frustração!

Então, como não sei bem e só tenho umas luzes, obrigo-me a explicar, para me forçar a aprender. Quem disse que só ensinamos (ou nos apetece explicar) o que não sabemos?!... Já não me lembro, mas é isso – só o que não conhecemos bem, só o que ainda não está tecido em explicação transparente, e é ainda novelo um pouco opaco, nos atrai. Pelo menos a mim. Por isso o ensino expositivo é uma grande tristeza, uma farsa, acho.


Algumas questões muito gerais


Muito sintecticamente: parece-me que tanto Freud como Lacan são grandes inspirações, algo que está situado historicamente e cujo eco portentoso nos chega, como o de todo o estruturalismo, e outros ismos. Sem se passar por Freud, fica-se na ingenuidade da transparência do sujeito a si mesmo... Mas a obsessão da ciência que então o dominava, e que depois Lacan e tantos quiseram ir buscar à linguística, já está longe das nossas preocupações hoje, creio. Ou seja, percebemos que a ciência é um dispositivo, ou um enormíssimo conjunto de dispositivos, e não lhe damos transcendência alguma, quer dizer, estamos desencantados como crianças, e ainda bem, porque daqui podemos crescer. A questão da linguagem e da sua cesura relativamente ao animal, como de qualquer outra cesura ou “limiar”, é relativa, porque há tantas formas de comunicação...
Quer dizer, o debate entre monistas, continuistas (natureza-cultura como dicotomia para diluir, fim da excepção humana, etc) e dualistas (o homem é um ser natural, mas apesar de tudo é o que pensa todos os outros seres e até tem a capacidade destrutiva – científica – de nos levar à catástrofe, o que é uma forma de diferença, e faz dele uma espécie de pequeno deus) continua...e creio que a própria prossecução deste debate é pura ilusão, é beber ideologia a potes. Portanto também não acredito muito na questão do simbólico, é um conjunto de conceitos e de chaves fascinantes mas que tendem a tornar-se um tanto hirtas. Veja-se a atractiva explicação dos filmes por Zizek: reduz a matéria fílmica na sua especificidade à narrativa, querendo depois a partir daí encaixá-la numa leitura lacaniana. É muito importante ler essa interpretação, mas o filme não é uma história, como por certo o romance, ou seja, a narrativa tem um algo mais que sai muito para fora dela, é matéria especificamente fílmica, ou literária, ou teatral, e portanto a narrativa é sempre redutora, como quando nos fazem a sinopse de um filme ou livro, ou quando obrigam um músico a falar da sua música. Ele muitas vezes concorda com as mais diferentes interpretações, são as visões do receptor, e ele como receptor da sua própria obra também teria uma história, ou muitas , para contar, mas o importante é a obra musical e sobretudo as suas interpretações, as suas actualizações. Por isso me interessam tanto os conceitos de performance e de improvisação, porque nisso acho que o ataque ao nosso logocentrismo e à teleologia histórica é fundamental... pelo que me fascina J. Derrida, por exemplo, outro influenciado pela psicanálise...


Em suma, ando à deriva, mas espero não morrer afogado ou reencontrar costa!


Slavoj Zižek in London






Slavoj Zižek
Revolution Now

Monday 9 March
In the face of economic meltdown, philosopher Slavoj Zižek asks what is the future for global capitalism?

South Bank Cenre, London
Queen Elizabeth Hall
Slavoj Zizek

Monday 9 March 2009, 7.30pm

In the face of economic meltdown, Slavoj Zizek asks what the future is for global capitalism. As governments take over banks, has Zizek's call for a radical 're-politicisation of the economy' come to pass? And does the Western democratic two-party system allow scope for real change?

'The most formidably brilliant exponent of psychoanalysis, indeed of cultural theory in general, to have emerged in many decades' (Terry Eagleton).

This year marks the 20th anniversary of the publication of Slavoj Zizek’s first book in English. To celebrate the anniversary Verso are publishing four of his classic books as the Essential Zizek series.

Source of text and photo:

http://www.southbankcentre.co.uk/literature-spoken-word/productions/slavoj-zizek-new--45051/?utm_campaign=email_lit&utm_source=email__lit_090125&utm_content=email_lit090125_zizek

No Museu de Setúbal



(Clique nas imagens para ampliar)

mondes francophones






Un link très intéressant!



http://www.mondesfrancophones.com/



Par exemple, ces textes de notre collègue de l' Université de Minho
Cristina Álvares
devraient être lus et discutés par les archéologues.
Ils touchent à l' éssenciel d'un débat des sciences humaines
duquel les archéologues se sont en général égarés,
je ne sais pas pourquoi (question, véritable énigme que je me pose depuis les années soixante)


http://www.mondesfrancophones.com/espaces/Psyches/articles/lastructure



http://www.mondesfrancophones.com/espaces/Psyches/articles/statut-pulsion






terça-feira, 24 de fevereiro de 2009

Os botões dos robots

Já repararam esta coisa elementar que é a maior parte das pessoas funcionarem como robots?
Por exemplo, ao longo do ano:
Carnaval - toca o botão da folia e as pessoas armam-se em foliões
Páscoa - toca o botão e as pessoas armam-se para a Páscoa (de tantas maneiras que não dá para listar)
verão - toca o botão e lá vão os robots para a praia ou para as viagens
outono - toca o botão da "rentrée"
natal - toca o botão e fica tudo piedoso e amigo do seu amigo, a enviar boas-festas
ano novo - logo a seguir, novos desejos dos robots para outros robots
etc.
para além dos dias de anos, dos dias dos namorados, dos dias das colectividades, dos aniversários e comemorações disto e daquilo, a vida é só rituais.
Ainda falam de rituais na pré-história e nas sociedades lamentavelmente ditas primitivas.
Rituais é hoje. Primitivos é aqui e agora. Somos todos.
Toca a preparar as roupas de primavera e já as de verão, vão mudar as imagens.
Andem, robots. Façam funcionar o mercado, que a crise é grande...
Tudo a marchar prás lojas com os cartões de crédito!
Tudo a marcar viagens low cost para aproveitar todas as escapadelazinhas.
Tudo a comprar calendários perpétuos para combinar consigo mesmo para onde há-de escapar e quando e como e com quem. Mercado aberto.
É o fartar, vilanagem!
Abanem esses corpos, foliões e folionas!


Cultural Heritage and New Technologies

14th International Congress "Cultural Heritage and New Technologies"
(Workshop 14 „Archäologie und Computer“)
November 04rd– 06th, 2009
City Hall of Vienna, Austria– Wappensaalgruppe
http://www.stadtarchaeologie.at/

Main Topic: Archiving

Dear Colleagues!

The 14th International Congress "Culturale Heritage and New Technologies", which will be arranged by the Urban Archaeology of Vienna and their national and international partners, will take place from 4th-6th November, 2009 in the City Hall of Vienna, Austria.

NEW: The general language (except for 2 Workshops) is English!
More informations you will find on our homepage - www.stadtarchaeologie.at


CALL FOR PAPERS

We would like to invite you to send your abstract for the following workshops or sessions:
Workshops:
Workshop - "Newbies" (only for students)
Workshop - Kulturportale Im Internet - Barrierefreiheit (in German)
Workshop - Kirchliche Bibliotheken und deren Digitalisierung (in German)
Sessions:
General Session: Archives and Cultural Heritage Management
Applied Research
Fundamental Research – Critical Issues
Session: It-education Archaeology and cultural management: necessity or scourge?
Cultural Heritage - Cultural Promotion - Tourism in the Danube Region
Internet Trade of Cultural Objects
A critical view on archaeological 3D Reconstructions
More informationens - Call for Papers:(http://www.stadtarchaeologie.at/tagung/ecall.htm )
Deadline: 31st May, 2009 – The abstract will be reviewed by the Scientific Committee!
Notification for speakers: 26th June, 2009
Payment for speakers: (latest): 17th August, 2009 (Your payment in time will be taken as confirmation for your participation)

Provisorisches program (http://www.stadtarchaeologie.at/tagung/einhalt.htm ) - there you will find more HandsOn Workshops and Tutorials.

If you have further questions, please do not hesitate to contact us.

Best wishes and hope to see you in Vienna
Wolfgang Börner / Susanne Uhlirz



Museen der Stadt Wien - Stadtarchäologie
Mag. Wolfgang Börner
Obere Augartenstraße 26-28, Zi. 2.11
A - 1020 Wien
Tel.: +43 (0)1 4000 81176
Fax: +43 (0)1 4000 84747
mailto:wolfgang.boerner@wien.gv.at
http://www.magwien.gv.at/archaeologie
http://www.stadtarchaeologie.at

segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009

Biber



Estou a ouvir de H. I. Franz Biber as "Rosenkranz Sonaten" editadas pela Ars Music em 2008 (em DSD duplo)

A interpretação é de Bizzarrie Armoniche, estando ao violino Riccardo Minasi.

Perante esta estranha e trespassante música, uma pessoa sente que tudo o que escreve e lê e faz não passa de lixo do chão.

Que fantástica é a música!
Que grande génio foi Biber na criação de atmosferas em completo desvario!
Como isto não tem nada a ver com o mundo vulgar em que vivemos... como é possível a vida ser feita de tão violentos contrastes!



Electri-cidade: não há um editor que queira publicar-me este livro?....

VÍTOR OLIVEIRA JORGE





E L E C T R I - C I D A D E






POEMAS

2009




___________________________________________

Um editor é alguém muito importante na vida de um autor.
Estou a trabalhar no livro!
É o meu Carnaval!

Acabei no fim da terça-feira de Carnaval. Ah, que folia!





domingo, 22 de fevereiro de 2009

Workshop do meu amigo fotógrafo Danilo Pavone



City Lights



Final Scene Of City Lights Where Virginia Cherrill Recognises Charles Chaplin (Her Benefactor Whom She Supposes To Be Rich And Handsome) By Touch.

Source: http://www.youtube.com/watch?v=kpeiPbjDlDs


Read about this film and in particular about this final scene:
Slavoj Zizek, "Enjoy Your Symptom!", Routledge, New York and London, 1991 (new ed., 2008), pp. 1-32 (first chapter - "Why does a letter always arrive at its destination?")
Its is absolutely genial!


Neo-Druids, local peoples's rights, archaeology, past-present continuity/discontinuity, etc.


A propos of a current discussion about these topics in the WAC list, this is my point of view:

-Groups like neo-Druids are interesting to study from a sociological and cultural/social anthropological point of view, as symptoms of contemporary society.
-There is NO CONTINUITY between our prehistoric or proto-historic past and our present in Europe, and that discontinuity makes all the interest of the study of those remote pasts – it is precisely their difference that makes them interesting.
- all those myths come basically from the XIX century and should be overcome today: but we know what is the dynamics of mass culture in our society – the fabrication/consuming of “fast pasts” as fast food for most people that seem to like that. This is also connected to modern tribalism, the need people have to identify with something, some niche available in the market – the commodification of identity in an epoch of fluidity.
- the situation is completely different in countries where there are descendants of people that lived there and were the victims of European expansion. In these cases archaeology, as a Western invented practice, must be negotiated case per case with local populations in (as much as possible) a fair and equal basis. Maybe many communities accept that the best way to pay respect to their ancestors is precisely to study them and to put them into an “exhibitionary complex” (T. Bennet) that is intrinsic to our modern globalized society.
- This is the interesting point of all this: archaeology does not proceed in the vacuum, it is a politic, engaged activity even when it says that science has nothing to do with politics. That a-politicization is of course political.
- a dead body is not like an empty banana skin (comparison made by one of the contributors to the discussion) in any known human society. Because we are not isolated as individuals, we belong to a society where we were born, a dead body (and its place of deposition) is very important as the focus of the mourning work for those who survive to us.
- I am an agnostic too, and I do not believe in transcendental entities, including a soul that would remain after my death. That for me is simply too infantile to be true. But I respect the memory of others to whom my death may be painful (I admit) and that need my dead body, as long as it remains, or any other symbol of me (a photo, a place etc), as a reference for their mourning.

a salvação do artista


o filósofo, o cientista, e qualquer outro
que vem a este mundo e nele deixa algo
de fabricado por si

(não é um filho, não é uma árvore,
não é necessariamente um livro)

algo que valha a pena erguer três vezes
contra o peso do ar

esse bem-aventurado aproxima-se
nesse momento
da sublimidade do artista

e pode com desportivismo
convidar um dos vários deuses
que a humanidade inventou
para uma partida de xadrês

beleza enorme, suprema beleza
é a do artista que perante as figuras
caricatas do quotidiano
preocupadas com a sua imagem

ergue três vezes contra o ar
o que fabricou com as suas próprias mãos

sem amor, sem amizade, sem amparo
de qualquer espécie, sem comoção ou companhia

como um cabo que se adentra pelo mar
a sua face irradia e encandeia
as próprias artimanhas dos deuses
com uma luz que vem desse horizonte

onde os dois oceanos se encontram
o do mar e o do céu,

numa mistura de azuis


que envergonha o miserável pequeno poder
dos políticos e dos poderosos,
detentores do ridículo por excelência!



sem mais nada



O exercício mais difícil
Para quem escreveu,

Não pinta, não fotografa
Não canta uma canção,

E não usa mais palavras

Só se deita na praia
Exactamente onde a linha d’água
Fere um sulco entre a terra e o mar

E vê. O movimento em si mesmo
A passar constantemente

Aperta os lábios
Sobre esse intertício

Segura ainda algumas sílabas,
Uma lâmina entre os dentes

No exacto sulco, na nítida fenda
Entre a terra e o mar

E nessa obstinação

Sente-se a revirar o universo

Com o mínimo de
Instrumentos.

A arte apenas de ver

As coisas aflorarem

Sobrenaturalmente

Na sua incrível agitação.

Esta a economia
Dos limiares.








_______________
Imagens: Michele del Campo
(rep. aut.)
site: http://www.micheledelcampo.com/index2.html
texto: voj porto fev. 2009

sábado, 21 de fevereiro de 2009

Feedback dos visitantes





Na votação aqui realizada sobre:
Qual o assunto deste blogue que mais lhe interessa?
Houve apenas 21 votos. A maioria preferiu a arqueologia.
Obrigado!




Congrès de la Société Mondiale de Psychanalyse à Paris en 2010


Source: http://www.causefreudienne.org/

Ce link donne accès, parmi d' autres information sur l' École de la Cause Freudienne, à des exposés audio. Très utile!

planar




O mundo tornou-se um sítio sujo
De onde quereríamos partir,
Através de uma viagem interminável
Pelos novos desertos, os de nuvens,
Bem lá em cima, mares intermináveis de dunas, de elevações,
De vistas sempre novas e fluidas.

Planar. Mas perto de um sol tão perto,
Que se não pudesse vê-lo,
Apenas viver na sua luz reflectida em mil efeitos,
E somente habitar, e ser, esses reflexos,
Dentro de compartimentos, vendo os desertos
Desdobrarem-se lá em baixo, os flocos intermináveis
De nuvens, esses outros mares que tapam a terra.

Chegar é terrível, sempre aterrar de novo
Num outro sítio, igual ao de partida, e sujo diferentemente.

Não: quereríamos estar sem interrupção
A distância,
E sempre em deslocação: chegar é descer degraus
A partir de uma elevação de onde já se observou
Tudo ao longe, a fluir, suavemente, de forma segura e limpa.
Bebendo um copo, conversando com uma pessoa gira.

Chegar não interessa a ninguém, vêm pessoas.
Chamadas para fazer coisas, ocupações.
Lazer eterno dentro de um avião com autonomia
Para a eternidade, sim: e dentro reflexos, paisagens, coisas
Estimulantes e giras, de uma grande amabilidade.
Sentimentos espontâneos, nada de comovente ou patético,
Apenas muito, muito, muito, muito giro. Fotografias.

O mundo que queremos é um mundo de pessoas giras,
E completamente fotografadas: isso é belo, não há qualquer
Atrito, e abstrai-se de toda a sujidade.

Obviamente que as pessoas giras se encostam
Às mesmas paredes
Onde as pessoas sujas deixaram a sua marca,

E os pés nus das pessoas giras estão a milímetros do chão
Cheio de detritos, e líquidos corrompidos,
E ameaças de contaminação. Mas é uma ilusão:

Os pés das pessoas giras pairam nas fotografias, não há atrito,
Apenas o deslizar suave de uma bebida que é suave
Ao passar na garganta, e sabe bem entre reflexos.

Viajar assim. Urban chic. Cosmopolitain.
É bom! Sempre. Sem chegada. Deslizando.
Como um pássaro, mas sem as suas entranhas mortais.

Deslizando antes como um grande deus metálico,
Muito maior, muito dentro do luz, captando os seus reflexos.

Longe da humanidade que ficou nos aeroportos,
Os aeroportos da longa espera em que o mundo sujo,
Cheio de gente suada, pressurosa, se tornou.

(Não há nada de mais sujo
Do que a pressa, que horror.)


________________________________________
texto: voj porto fev. 2009
Imagem: Michele del Campo
(rep. aut.)
Site: http://www.micheledelcampo.com/index2.html

no ICS, em Lisboa



(Clique na imagem para ampliar)



Sobre este conceito sugiro o livro coordenado por mim e por Julian Thomas
Overcoming the Modern Invention of Material Culture
Porto, Adecap, 2006/2007 (vol. esp. do JIA)
(pode obter-se através da PORTICO LIBRERIAS)
Como lá se diz: a expressão cultura material é uma contradição nos termos....


sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

linha enigmática

NUNCA PERCEBI MUITO BEM O QUE SÃO POEMAS DE AMOR, OU SEJA DE QUE TEMA FOR.
JULGO QUE A POESIA TEM COMO TEMA... A POESIA.
MAS TAMBÉM ESTOU CONSCIENTE DE QUE A POESIA É ALGO MUITO DIFÍCIL, OU CONTROVERSO, DE DEFINIR.
NÃO SOU UM TEÓRICO DA LITERATURA.
PROCEDO POR INTUIÇÃO ARTESANAL EM QUASE TUDO...
DE MODO QUE TAMBÉM ESTOU EM DIFICULDADES PARA DIZER O QUE SEJA POESIA.
HÁ UMA COISA QUE POR EXPERIÊNCIA (DE LEITOR, DE ESCRITOR) SEI: É O QUE O NÃO É.
E TAMBÉM SEI QUE O QUE UM POEMA DESPOLETA EM CADA UM DE NÓS, E DE CADA VEZ QUE O LEMOS, É SEMPRE DIFERENTE. POR ISSO NÃO HÁ EVIDENTEMENTE UMA ESSÊNCIA DA POESIA, MAS SIM UMA ESPÉCIE, COMO DISSE ALGUÉM, DE MODO VERBAL DE ESTAR NO MUNDO, ASSOCIADO A UM ESPANTO "PRIMITIVO" PELAS PEQUENAS COISAS, POR AQUILO POR QUE PASSAMOS DESPERCEBIDAMENTE.
POESIA É UM TRABALHO COM A LINGUAGEM POR FORMA A FAZER EMERGIR UMA ESPÉCIE DE SUSSURROS QUE VÊM DAS PEQUENAS COISAS DO MUNDO.
COMO TODA A ARTE, ALIÁS. TRAZER À TONA ALGO QUE NÃO ESTAVA NEM NA SUPERFÍCIE NEM NO FUNDO, MAS AFLORA NESSA LINHA ENIGMÁTICA.

Madness - Probing the Boundaries

2nd Global Conference
Madness - Probing the Boundaries

Monday 14th September - Thursday 17th September 2009
Mansfield College, Oxford

Call for Papers

This inter-disciplinary research conference seeks
to explore issues of madness across historical
periods and within cultural, political and
social contexts. We are also interested in
exploring the place of madness in persons and
interpersonal relationships and across a range of
critical perspectives. Seeking to encourage
innovative inter, multi and post disciplinary
dialogues, we warmly welcome papers from all
disciplines, professions and vocations which
struggle to understand the place of madness in the
constitution of persons, relationships and the
complex interlacing of self and other.

In particular papers, workshops and presentations
are invited on any of the following themes:

1. The Value of Madness or Why is it that We Need
Madness?
~ Critical explorations: beyond
madness/sanity/insanity
~ Continuity and difference: always with us yet
never quite the same
~ Repetition and novelty: the incessant emergence
and re-emergence of madness
~ Profound attraction and desire; fear of the
abyss and the radical unknown
~ Naming, defining and understanding the elusive

2. The Passion of Madness or Madness and the Emotions
~ Love as madness; uncontrollable passion;
unrestrainable love
~ Passion and love as a remaking of life and self
~ Gender and madness; the feminine and the masculine
~ Anger, resentment, revenge, hate, evil
~ I would rather vomit, thank you; revulsion,
badness and refusing to comply

3. The Boundaries of Madness or Resisting Normality
~ Madness, sanity and the insane
~ Being out of your mind, crazy, deranged ∑ yet,
perfectly sane
~ Deviating from the normal; defining the self
against the normal
~ Control, self-control and the pull of the abyss
~ When the insane becomes normal; when evil reins
social life

4. Lunatics and the Asylum or Power and the
Politics of Madness
~ The social allure and fear of madness; the
institutions of confining mad people
~ Servicing normality by castigating the insane
and marginalizing lunatics
~ Medicine, psychiatry, psychology, law and the
constructions of madness; madness as illness
~ Contributions of the social sciences to the
making and the critique of the making of madness
~ Representations, explanations and the critique
of madness from the humanities and the arts

5. Creativity, Critique and Cutting Edge
~ Madness as genius, outstanding, out of the
ordinary, spectacularly brilliant
~ The art of madness; the science of madness
~ Music, painting, dance, theatre: it is crazy to
think of art without madness
~ The language and communication of madness: who
can translate?
~ Creation as an unfolding of madness

6. Unrestrained and Boundless or The Liberating
Promise of Madness
~ Metaphors of feeling free, unrestrained,
capable, lifted from reality
~ Madness as clear-sightedness, as opening up
possibilities, as re-visioning of the world
~ The future, the prophetic, the unknown; the
epic, the heroic and the tragic
~ The unreachable and untouchable knowledge of madness
~ The insanity of not loving madness

7. Lessons for Self and Other or Lessons for Life
about and from Madness
~ Cultural and social constructions of madness;
images of the mad, crazy, insane, lunatic, abnormal
~ What is real? Who defines reality? Learning from
madness how to cope with reality
~ Recognising madness in oneself; relativising
madness in others
~ Love, intimacy, care and the small spaces of madness
~ Critical and ethical implosions of normality and
normalness; sane in insane places and insane in
sane places

Papers will be accepted which deal with related
areas and themes. Pre-formed panel proposals are
also encouraged.

The 2009 meeting of Madness will run alongside our
project on Monsters and the Monstrous - Myths and
Metaphors of Enduring Evil and we
anticipate holding sessions in common between the
two projects. We welcome any papers considering
the problems or addressing issues of Madness and
Monsters for joint project sessions.

Papers will be considered on any related theme.
300 word abstracts should be submitted by Friday
17th April 2009. If an abstract is accepted for
the conference, a full draft paper should be
submitted by Friday 7th August 2009.

300 word abstracts should be submitted to the
Organising Chairs; abstracts may be in Word,
WordPerfect, or RTF formats, following this order:
author(s), affiliation, email address, title of
abstract, body of abstract E-mails should be
entitled: Madness 2 Abstract Submission

Please use plain text (Times Roman 12) and abstain
from using any special formatting, characters or
emphasis (such as bold, italics or
underline). We acknowledge receipt and answer to
all paper proposals submitted. If you do not
receive a reply from us in a week you should
assume we did not receive your proposal; it might
be lost in cyberspace! We suggest, then, to look
for an alternative electronic route or resend.

Organising Chairs

Maria Vaccarella
Hub Leader, Making Sense Of:
E-mail: maria.vaccarella@yahoo.it

Abel B Franco
Assistant Professor, Department of Philosophy,
California State
University, USA
E-mail: abelbenjamin@yahoo.com

Rob Fisher
Network Founder and Network Leader,
Inter-Disciplinary.Net, Freeland,
Oxfordshire, United Kingdom
E-mail: mad2@inter-disciplinary.net

The conference is part of the 'Making Sense Of:'
series of research projects. The aim of the
conference is to bring together people from
different areas and interests to share ideas and
explore various discussions which are innovative
and exciting. All papers accepted for and
presented at this conference are eligible for
publication in an ISBN eBook. Selected papers may
be invited to go forward for development into
a themed ISBN hard copy volume.

Please note: Inter-Disciplinary.Net is a
not-for-profit network and we are not in a
position to be able to assist with conference
travel or subsistence.

For further details about the project please visit:
http://www.inter-disciplinary.net/probing-the-boundaries/making-sense-of/madness/

For further details about the conference please visit:
http://www.inter-disciplinary.net/probing-the-boundaries/making-sense-of/madness/call-for-papers/

Interdisciplinarity: interesting link!

Museums and Faith

ICOM / ICMAH Annual Conference 2009
"Museums and Faith"


organised by
ICOM's International Committee for Museums and Collections of Archaeology and History (ICMAH)
and the
Musée d'Histoire de la Ville de Luxembourg
14-16 May 2009

GENERAL INFORMATION

The Musée d'Histoire de la Ville de Luxembourg (Luxembourg City History Museum) will be hosting the above conference. It will be organised as part of a support programme for the exhibition "A Matter of Faith. An Exhibition for Believers and Non-Believers". For more information, please visit
www.icmah.icom.museum

Starting point and background of the conference

The times we live in are characterised by our highly ambivalent relationship with religion and faith. On the one hand, western societies are experiencing increased secularisation. This is countered, on the other hand, by a growing trend towards fundamentalism, also among Christians. Nevertheless, the subject of faith and religion appears so far to have occupied only a marginal place in cultural history museums and exhibitions. There are only a handful of establishments that explicitly tackle this subject. Worth mentioning are the St Mungo Museum of Religious Life and Art in Glasgow, the Museum of World Religions in Taipei/Taiwan or the Bijbelsmuseum in Amsterdam. At the same time, numerous cultural history museums exhibit objects of faith outside of their religious context. Is the museum world scared of taking a stand with regard to the subject of faith?

The conference "Museums and faith" calls upon critically reflective museum curators. It is not intended to focus on religious history or anthropology.

More specifically, the conference "Museums and faith" will be contemplating and discussing innovative and stimulating practical examples under the following four focus points:

1. Museums in the area of tension between faith and society
It has become a common catchphrase to talk of a "clash of cultures" or a "clash of religions". Major cities in Europe as well as in America are characterised by the juxtaposition and often the opposition of religions. To what extent do museums / exhibitions take a stand in these negotiation processes? Do they assume the role of neutral observers, of chroniclers? Or do they intervene, moderately or even taking sides?
Can and should museums explore the depth of faith?

2. Can historical experiences of faith be exhibited?
To what extent can individual experiences of faith in fact be represented by means of historical observation? (To what extent) can this even be communicated to an audience that is no longer religious?

3. Faith in contemporary art
How does contemporary art broach the issue of faith, between blasphemy and provocation on the one hand and individual professions of faith on the other hand? What can curators of cultural history museums learn from the approach adopted by contemporary art museums?

4. Secular museum objects, sacred museum objects
Whenever a Christian church is no longer used for worship, it must first be "deconsecrated", so that it can subsequently be used for secular purposes.
What happens to objects originally used for religious rites? What about their religious content? Does this disappear once they are transferred to a museum or an exhibition? As museum objects they are secular objects per se, but is there not something that "remains" nevertheless? Altar pieces, for instance, can trigger reflective meditation in a museum. Likewise, religious objects deposited in a museum can be made available to people for religious ceremonies. How do museum curators deal with this? Do they act as intermediaries between the religious and the secular? How much faith do curators allow in their museums?

LANGUAGES AND ABSTRACTS
The plenary and case study sessions will be held in English. No simultaneous translation from English is foreseen. Participants will receive the abstracts of the papers printed in English.


PARTICIPANTS
Registration will be limited to 50 participants.

*************
Marie-Paule Jungblut
Musée d'Histoire de la Ville de Luxembourg
L-2090 Luxembourg
Tel.: +352 4796 4562
Fax: +352 471707
e-mail: m.jungblut@musee-hist.lu